Um jovem de 18 anos foi preso nessa quarta-feira (13/8) em Itabira (MG), na Região Central, pelos crimes de produção, armazenamento e compartilhamento de vídeos de abuso sexual infantil. As vítimas seriam crianças de sua própria família, inclusive, um bebê.

O caso foi apurado por policiais da 2ª Delegacia de Crimes Cibernéticos. Segundo a delegada Marcelle Barcellar, o jovem foi identificado a partir de um trabalho do setor de inteligência da Polícia Civil. Ele trabalhava num posto de gasolina.

As vítimas seriam, segundo ela, duas crianças - um menino e uma menina, ambos de 7 anos - e um bebê, cuja idade ainda não foi confirmada.

A prisão ocorreu numa casa, “um local pouco insalubre”, segundo a delegada. O alvo da ação morava junto com a irmã, enquanto os pais e um irmão mais novo residem na área rural de Itabira.

Vasto material

Um vasto material foi apreendido a partir do celular e do computador do jovem. As investigações, segundo a delegada Marcella, tiveram início em julho, quando foram detectados os vídeos.

“Mesmo que a pessoa não publique vídeos, a Inteligência da Polícia Civil consegue identificar, através de acessos feitos pelas pessoas, a sites pornôs ou mesmo em consultas e publicações feitas para pessoas de interesse”, diz a delegada.

Foi assim que os policiais começaram a identificar os crimes. O autor foi detectado por receber imagens de pornografia infantil. E depois descobriu-se a a produção de material de abuso sexual infantil. 

“Quando chegamos à casa, o autor estava dormindo. Ele se mostrou surpreso. Verificando o celular, descobrimos o armazenamento de materiais de abuso sexual infantil. Um dos vídeos mostra ele num relacionamento com um cachorro”, conta a delegada Marcella.

Por quais crimes ele foi indiciado?

O jovem foi indiciado por quatro crimes:

  • aquisição de vídeo de pornografia infantil, cuja pena varia de um a quatro anos;
  • armazenamento de pornografia infantil, pena de quatro anos;
  • estupro, pena de 15 anos;
  • zoofilia, reclusão de dois a seis anos.

Pegando a pena máxima por todos os crimes, ele poderá ser condenado a 29 anos de prisão.

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O jovem foi levado para a Penitenciária de João Monlevade (MG). Segundo a delegada, o mais surpreendente foi a reação da família. “Para a irmã, tanto faz, tanto fez. A avó não se mostrou surpresa. Os pais, mesmo chamados a conversar, não compareceram.”

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