O músico de Belo Horizonte Thiaguinho Lisboa, de 36 anos, acusou o Otacílio Lounge & Bar, na Região da Pampulha, de não repassar a ele a parte combinada do couvert artístico cobrado dos clientes que frequentam a casa. Nesta quarta-feira (20/8), o artista expôs a situação nas redes sociais (assista ao vídeo mais abaixo).

Ao Estado de Minas, Thiaguinho, que canta pagode, entre músicas autorais e releituras, afirmou não ter recebido — pelas últimas quatro apresentações — 30% do valor adicional de R$ 20 cobrados dos clientes em decorrência da oferta de música ao vivo no espaço. 

Por outro lado, o estabelecimento, por meio do escritório de advocacia Carvalho Ramos, negou irregularidades na relação profissional com o cantor e enviou à reportagem comprovantes que demonstram depósitos recentes feitos para Thiaguinho.

O artista, que também atua como produtor e compositor, confirmou o recebimento, mas explicou que os valores apenas pagam as despesas com sua equipe de nove pessoas, entre músicos, técnicos e produtores.

Sobre o repasse do couvert, o escritório de advocacia informou que “os honorários artísticos seriam adimplidos em momento posterior, conforme cronograma mutuamente aceito pelas partes”.

Os prazos, no entanto, não estão sendo cumpridos, conforme o artista. Thiaguinho enviou ao EM prints do que seriam conversas no WhatsApp com o proprietário do Otacílio Lounge & Bar. Nas mensagens, o empresário prometeu o depósito do restante do pagamento “durante” o último fim de semana, o que acabou não acontecendo, segundo o músico.

“Eu me apresento lá todo sábado desde outubro do ano passado. Não temos contrato. É tudo tratado de boca mesmo. Os atrasos no pagamento da minha parte no couvert acontecem com frequência. Mas, mesmo assim, eu e minha equipe fomos segurando, pois se trata de um projeto muito bom para a gente em termos de mídia”, disse Thiaguinho.

Segundo o pagodeiro, a situação acabou ficando insustentável e, por isso, ele decidiu tornar pública sua situação ao usar as redes sociais nesta quarta-feira. Por meio da função Stories no Instagram, Thiaguinho falou sobre o atraso para receber, mas não chegou a explicar que se tratava de percentual do valor adicional de R$ 20 cobrados de couvert dos clientes. “Os meus músicos, pelo menos, foram pagos”, declarou em parte do vídeo. Assista:

“Muitos músicos infelizmente passam por isso. Não quero prejudicar a casa, mas não tive saída diante da falta de respeito e do deboche que tiveram quando eu fui cobrar o que era meu por direito”, finalizou.

“Obrigação de garantir público” não foi cumprida por músico, diz escritório

O escritório de advocacia Carvalho Ramos afirmou que “diferentemente do alegado, a casa de shows cumpriu com suas obrigações contratuais” — ao contrário, ainda segundo a defesa, do músico, pois ele não garantiu quantidade adequada de público.

“Os valores devidos foram quitados tempestivamente, observando-se fielmente os termos acordados entre as partes. Cumpre esclarecer que a casa de shows mantinha tratativas com o senhor Thiago Lisboa em razão do descumprimento, por parte deste, de cláusula contratual essencial, qual seja, a obrigação de garantir público para os eventos. Tal condição, expressamente pactuada entre as partes, não foi observada pelo artista, configurando inadimplemento de sua parte”, escreveu o escritório.

“As alegações veiculadas pelo senhor Thiago Lisboa mostram-se infundadas e desprovidas de veracidade, caracterizando-se como declarações capazes de causar dano à reputação e credibilidade comercial desta casa de shows. Reservam-se todos os direitos legais cabíveis para a proteção dos interesses e da honra objetiva da empresa, inclusive mediante as medidas judiciais pertinentes, caso persistam as declarações difamatórias”, finalizou.

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