A Polícia Civil investigou uma série de crimes de apropriação indébita e falsidade ideológica na construção e administração de um hotel em Patos de Minas (MG), no Alto Paranaíba. O inquérito, concluído nessa segunda-feira (25/8), resultou no indiciamento de três pessoas.

A denúncia foi feita pelo sócio do empreendimento, um homem de 62 anos, que relatou, na ocasião, desvios milionários orquestrados por três homens: um de 43 anos e seu pai dele, de 70, e um terceiro envolvido, de 53.

Pai e filho foram indiciados pelos crimes de apropriação indébita e falsidade ideológica, enquanto o outro homem responderá por estelionato em co-autoria de apropriação indébita.

Crimes financeiros

As investigações tiveram a participação da Polícia Civil de Minas Gerais, que apurou que, entre 2012 e 2025, os suspeitos teriam se apropriado de valores e bens do hotel por meio de diferentes condutas ilícitas.

Entre as irregularidades identificadas, estão a utilização de notas fiscais emitidas em nome do hotel para custear obras particulares do investigado de 70 anos; a apropriação de valores que deveriam ser destinados à integralização do capital social, estimados em mais de R$ 1,2 milhão; os saques bancários sem justificativa, que somaram cerca de R$ 386 mil; além da emissão de cheques sem lastro e dos contratos de permuta simulados com empresas fornecedoras, resultando em prejuízos à sociedade hoteleira.

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Segundo as investigações, um financiamento de R$ 9 milhões junto ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) teria sido obtido com notas fiscais ideologicamente falsas, uma vez que os materiais adquiridos foram empregados em obras particulares do homem mais velho.

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