A Polícia Civil concluiu o inquérito do assassinato do morador de rua Jefferson da Silva de Jesus, de 33 anos, ocorrido em 15 de abril deste ano, no Bairro Santa Mônica, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. De acordo com as investigações, o crime foi cometido por um jovem de 25 anos. 

Segundo o delegado Humberto Junio, da Delegacia de Homicídios de Venda Nova, o assassinato foi motivado por uma “cantada”. Na manhã do dia do crime, a vítima abordou a companheira e a sogra do jovem e ele decidiu se vingar. 

Ainda de acordo com o delegado, o jovem passou o dia planejando como daria uma lição em Jefferson. À noite, chamou alguns amigos, todos moradores de rua, e foi atrás da vítima, que vivia nas ruas do Bairro Santa Mônica.

O grupo cercou o morador de rua e teve início um espancamento. Quando a vítima caiu, o jovem desferiu seis socos na cabeça de Jefferson. Em seguida, o agressor e o grupo que o acompanhava deixaram o local.

As investigações revelaram que o jovem, então, foi até sua casa e apanhou uma chave de fenda, retornando ao local do crime, onde encontrou a vítima ainda caída no chão. Ele deu mais nove pisões na cabeça da vítima e golpeou o morador de rua com a chave de fenda, fugindo em seguida e deixando o objeto cravado no pescoço de Jefferson. 

O morador de rua chegou a ser socorrido para o Hospital do Pronto Socorro João XXIII (HPS), onde ficou internado, mas morreu no dia 24 de abril, em consequência de um traumatismo craniano.

Como a polícia chegou o autor do crime?

A Delegacia de Homicídios de Venda Nova foi acionada para cuidar do caso e, segundo o delegado Junio, os policiais conseguiram as imagens da câmera de segurança de uma residência que capturou o momento do crime.

As imagens permitiram identificar o rosto do agressor. “Somente ele agrediu a vítima. As outras pessoas não participaram do espancamento, mas também não fizeram nada para impedir”, explicou o delegado. Os investigadores descobriram, também, que o autor era temido na região por ser conhecido como uma pessoa muito violenta.

Com o suspeito identificado, os policiais civis foram até o grupo de moradores de rua do Bairro São João Batista que acompanharam o jovem no dia do crime. Eles deram mais informações sobre o suspeito e os agentes da PC conseguiram encontrá-lo e prendê-lo na Praça Sete, onde ele estava morando em uma barraca. A prisão ocorreu no último dia 7 de agosto.

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Na delegacia, ao ser interrogado, o jovem confessou o crime e disse, segundo o delegado, que não sabia que a vítima tinha morrido. O policial revelou, também, que o autor chegou a ser preso depois do crime, mas acabou sendo solto porque o delegado que cuidava do caso à época entendeu que não havia motivo para flagrante.

“Estamos indiciando o autor por homicídio qualificado por motivo torpe, por meio de crueldade e dificultando a defesa da vítima”, informou o delegado Junio.

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