Após quase três semanas da morte do gari Laudemir de Souza Ferreira, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) comentou sobre o crime. O pronunciamento foi feito por meio das redes sociais, na tarde desta sexta-feira (29/8).
"A morte do gari Laudemir Fernandes não ficará impune. Aqui em Minas o crime não tem vez, e a lei é para todos", escreveu Zema.
O governador ainda aproveitou para parabenizar a Polícia Militar de Minas Gerais (PCMG), "pela condução ágil e séria dos trabalhos".
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A mensagem de Zema foi feita no mesmo dia em que a Polícia Civil de Minas Gerais apresentou a conclusão do inquérito criminal. Além disso, o governador também sofreu pressão de parlamentares mineiros na Assembleia Legislativa (ALMG), nessa terça-feira (26/8), para se pronunciar sobre o caso.
Conforme informações divulgadas em coletiva de imprensa, nesta sexta (29/8), Renê da Silva Nogueira Júnior, que confessou ter feito o disparo, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado - por motivo fútil e meio que dificultou a defesa da vítima-, ameaça à motorista do caminhão de coleta e porte ilegal de arma de fogo. A pena pode chegar a 35 anos.
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Em contrapartida, o vice-governador Mateus Simões havia dito, em 12 de agosto, dia seguinte ao crime, que o assassinato foi um ato de covardia. Simões afirmou que o suspeito é “um covarde que deve ser responsabilizado não só pelo assassinato, mas pela ameaça que fez com a motorista”.
Como tudo aconteceu?
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Equipe de coleta de lixo trabalhava na Rua Modestina de Souza, Bairro Vista Alegre, em BH, na manhã do dia 11 de agosto.
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Motorista do caminhão, Eledias Aparecida Rodrigues, 42 anos, manobra para liberar passagem, após ver uma fila de carros se formar atrás dela.
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Eledias e os garis acenam para Renê da Silva, que dirigia um carro BYD, permitindo a passagem.
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O suspeito abaixa a janela e grita que, caso encostasse em seu veículo, ele iria "dar um tiro na cara" da condutora.
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Na sequência, ele segue adiante, estaciona, sai do carro armado; derruba o carregador, recolhe e engatilha pistola, segundo o registro policial.
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Ele faz um disparo que atinge Laudemir no abdômen.
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O gari é levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, na Grande BH, mas morre por hemorragia interna.
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No local, PM recolhe projétil intacto de munição calibre .380.
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Horas após o crime, a PM localiza e prende Renê no estacionamento de academia na Av. Raja Gabaglia.
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Flagrante convertido em prisão preventiva em audiência de custódia, no dia 13 de agosto, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais
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Renê está preso no Presídio de Caeté, Grande BH