'BLACK WINDOW'

Quadrilha usava perfil falso de garota de programa para extorquir clientes

Operação conjunta das polícias civis de Minas e do Distrito Federal desarticulou grupo criminoso que subtraiu cerca de R$ 15 milhões em cinco anos

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em ação integrada, desarticularam nesta terça-feira (2/9), em Montes Claros, no Norte de Minas, uma organização criminosa especializada em extorsões pela internet, por meio do uso de perfil falso uma garota de programa em um site de acompanhantes. Sete pessoas foram presas. Três suspeitos ligados ao esquema criminoso estão foragidas.

A ação foi denominada de “Operação Black Window”. As investigações foram conduzidas ao longo de seis meses pela 18ª Delegacia de Polícia em Brazlândia (DF), juntamente com a Delegacia da Polícia Civil de Montes Claros.

Conforme os responsáveis pelas investigações, a estimativa é que a quadrilha causou prejuízos às vitimas de R$ 15 milhões em todo Brasil nos últimos cinco anos, fazendo cerca de 250 vítimas somente no Distrito Federal, das quais foram surrupiados R$ 1 milhão no mesmo período. Em 2025, os golpistas contabilizavam aproximadamente 80 vítimas, com o lucro de R$ 300 mil neste ano.

Além de Minas Gerais e do DF, foi apurado que a quadrilha fez vítimas em outros estados como Rio Grande do Sul e Piauí.

De acordo com o Delegado Diego Flávio Carvalho Pereira, da PCMG, que coordenou a operação em Montes Claros, os golpistas colocavam um perfil falso de uma suposta garota de programa, com um número de um aparelho celular, em um site de acompanhantes. Quando o “cliente” acessava o site e procurava pelo “serviço” era atendido por integrante da quadrilha. A partir daí, outros membros do mesmo grupo passavam a enviar mensagens com dados pessoais sigilosos, como endereço, local de trabalho e nome de familiares, por meios de ataques de phising (técnica de fraude eletrônica).

Com isso, eram cobradas diferentes quantias das vítimas como o “valor da garota”, “valor da agência” ou “valor da facção”. De acordo com os investigadoes, apenas em 2025, foram mais mais de 50 ocorrências semelhantes foram registradas, com suspeitos ligados à região de Montes Claros.

“Eles (os golpistas) chegavam a marcar encontros. Só que os encontros nunca ocorriam”, explica o delegado Diego Pereira. Ainda segundo ele, os criminosos passavam a extorquir as vítimas, das quais exigiam transferências bancárias e por meio de pix, mediante ameaças, inclusive com o envio de vídeos, mostrando armas de fogo. Ainda com o intuito de intimidar e amedrontar as vítimas, os golpistas se passavam por integrantes de facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

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A Operação “ Black Window “ contou com 43 policiais civis de Montes Claros, 23 policiais civis do Distrito Federal e 16 integrantes da CORE – unidade de elite, especializada em operações de alto risco, da PCMG. Durante a ação, foram apreendidos carros, quantia em dinheiro, documentos e mais de 10 aparelhos celulares que eram usados pelos criminosos nos golpes da falsa garota de programa.

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