TERRAS RARAS

Saiba qual tesouro foi enterrado pela geologia no subsolo de Araxá (MG)

Governo aponta no município no Alto Paranaíba o maior potencial em depósitos de terras raras, vitais para a indústria de ponta, combinados com nióbio

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Estudos geológicos do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas indicaram, segundo o Ministério de Minas e Energia, que Araxá apresenta maior potencial como depósito combinado de nióbio e terras raras – com estimativas de aproximadamente 20 milhões de toneladas, tendo terras raras como subproduto.

“Já a cratera de Poços de Caldas vem atraindo atenção recentemente, com descobertas que geraram mais de 100 pedidos de pesquisa mineral na ANM, representando aproximadamente um terço das autorizações emitidas no estado. Estudo de especialistas da ANM identificou 27 projetos de pesquisa distribuídos em diversos estados: Minas Gerais (12), Bahia (5), Goiás (4), Tocantins (2), Amazonas (1), Mato Grosso (1), Paraíba (1) e Piauí (1). Esses projetos são conduzidos por 17 empresas, em sua maioria juniores australianas”, informa o ministério. 

A maior área com processos em fases mais adiantadas e possibilidade de mineração ou muito próximo disso em Minas Gerais fica em Araxá, onde a Araxá Metals S/A tem um requerimento de lavra de 972 hectares, em processo de 2016. É o equivalente a 2,8 parques das Mangabeiras (em BH) ou a seis parques do Ibirapuera (na cidade de São Paulo). 

Ainda assim, são áreas muito inferiores às 13 maiores vasculhadas no país atrás de terras raras e já em fase mais avançada de licença para minerar, na Bahia, em Goiás e em São Paulo. A maior delas tem mais do que o dobro do tamanho. Trata-se de área da Borborema Recursos Minerais Ltda., em Jaguaquara (BA), que chega a 1.932 ha.

E qual o custo ambiental?

A exploração das terras raras “não é isenta de impactos ambientais”, segundo o professor Landgraf, que destaca que “os riscos e a necessidade de práticas de mineração sustentáveis são aspectos cruciais para que o Brasil possa se posicionar como um fornecedor responsável”, lembrando que a baixa concentração dos elementos no minério implica um grande volume de material processado. 

Segundo a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), atualmente há dois processos de licenciamento ambiental em andamento com o objetivo de viabilizar a extração de terras raras, ambos no Sul de Minas Gerais. Os empreendimentos estão localizados nos municípios de Caldas e Poços de Caldas.

Os processos seguem as etapas estabelecidas na legislação ambiental brasileira, com análise em três fases: Licença Prévia (LP), que avalia a viabilidade ambiental e a localização do empreendimento; Licença de Instalação (LI), voltada para a análise dos projetos executivos e das medidas de mitigação e compensação ambiental; e, por fim, a Licença de Operação (LO), que autoriza o funcionamento do empreendimento após verificação do cumprimento das exigências anteriores. 

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“Cada etapa é acompanhada de estudos ambientais, vistorias técnicas e avaliação das propostas de controle dos impactos. No momento, os empreendimentos de terras raras em Minas Gerais encontram-se em licenciamento na fase de Licença Prévia. Portanto, não há previsão de início da extração, uma vez que as demais etapas – Licenças de Instalação e Operação – ainda precisarão ser cumpridas após a eventual aprovação inicial”, indicou a Feam.

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