GOVERNADOR VALADARES

MG: mulher que ameaçou a filha em vídeo se apresenta à polícia e é liberada

A suspeita havia desaparecido com os três filhos depois de publicar vídeos expressando a vontade de bater e matar as crianças

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A mulher de 22 anos que postou nas redes sociais um vídeo ameaçando a filha de três anos foi ouvida na última quinta-feira (4/9) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Governador Valadares (MG), região do Vale do Rio Doce de Minas Gerais. Ela se apresentou na delegacia após ser intimada e foi liberada, de acordo com o delegado Cleriston Lopes de Amorim, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. 

Desde 1º de setembro, havia um mandado de busca e apreensão pelos filhos da mulher — além da menina de três anos ameaçada em vídeo, ela é mãe de dois bebês, um de 1 ano e outro de 2 meses. A ação foi expedida pela juíza Andreya Alcântara Ferreira Chaves, da Vara da Infância Juventude e Precatórias Cíveis da Comarca de Governador Valadares.  

De acordo com o delegado Cleriston Lopes de Amorim, "assim que passaram a circular os vídeos na internet, com medo de retaliações, ela saiu da cidade". Ela estava desaparecida com os filhos desde 30 de agosto. Ainda segundo ele, a investigada afirmou que voltou para Governador Valadares na madrugada da última quinta-feira (4/9), quando foi à delegacia.  

O que a mulher disse nos vídeos? 

“Estou doida que ela tenha 12, 13 anos. Aí eu vou enforcar ela. Vou furar com faca, com garfo. Vou bater com a cabeça dela na parede. Vou fazer igual minha mãe fazia comigo. Vou dar um banho nela e bater com fiação. Vou machucar essa menina todinha. Como que essa menina, de 3 anos, faz uma desgraça dessa. Fuga de madrugada. Ainda abriram a porta pra ela", disse a mulher em vídeo publicado.

As ameaças não pararam. "Vou matar essa menina e colocar ela dentro de uma panela de pressão, picar ela, esquartejar essa menina todinha e jogar ela dentro de um panela de pressão - jogar no meio do mato, jogar no meio do mato (...) eu estou ficando doida, bater não está adiantando eu vou começar a matar”, continuou.

A mulher passou a ser procurada pela Polícia Militar e pela Polícia Civil de Governador Valadares depois de uma denúncia feita pelo pai de dois dos filhos, que afirmou estar apavorado, temendo pelas vidas das crianças. 

Liberada 

O delegado Cleriston Lopes de Amorim explicou que a mulher foi liberada porque não configurava prisão em flagrante e que não havia mandado de prisão para ela."Como naquele momento ela não estava apresentando risco mais para as crianças, não houve a necessidade desse mandado", afirmou o delegado sobre a razão de não ter sido decretada prisão preventiva. Ele informou ainda que, caso eventualmente seja necessário, pode haver esse decreto e que o caso não configura como sequestro.

Um inquérito policial foi instaurado e as investigações continuam. De acordo com o delegado, há possibilidade de ela ser indiciada pelo crime de maus-tratos e ameaça. Cleriston explicou que a investigação vai analisar o estado de saúde mental da mulher, levando em considerações fatores como ausência dos pais e ela estar no período do puerpério. 

O delegado afirmou ainda que ela não tem passagens pela polícia. "‘As informações preliminares são de que ela é uma boa mãe, de que aquilo foi um fato isolado”, disse.

Os filhos

Segundo ele, a criança e os bebês não apresentavam marcas de violência quando a mulher se apresentou na delegacia na última quinta-feira. Os três foram encaminhados à juíza da Vara da Infância e Juventude e estão com os avós, segundo Cleriston. Ele informou que a mãe disse que quer continuar cuidando dos filhos. 

“Nosso principal objetivo foi garantir a integridade física e emocional dessas crianças, assegurando que ficassem em um ambiente protegido e adequado. A atuação integrada da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário foi essencial para a efetividade da medida”, destacou o delegado Cleriston Lopes de Amorim. 

Investigações

Nas primeiras investigações, os policiais militares chegaram à casa da avó da mulher, que contou que ela esteve com as crianças na casa, no final da tarde de sexta-feira (29/8), e que fez publicações nas redes sociais. Por volta de 23h do mesmo dia, a jovem teria pegado os filhos, chamado um veículo de aplicativo e desaparecido.

O pai da filha mais velha, de três anos, afirmou que chegou a fazer contato com a mulher, que teria dito que estava indo embora com as crianças para o Rio de Janeiro. Ele também alegou que presenciou diversas vezes a mulher agredindo os filhos e que já recebeu a filha com ferimentos e contusões depois de ela estar com a mãe.

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O pai das outras duas crianças também informou aos policiais que, teria encontrado, por diversas vezes, os filhos machucados. 

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