ATENÇÃO

Duas mortes por febre maculosa são confirmadas em Caeté (MG)

Prefeitura de Caeté, na Grande BH, confirmou as mortes nessa quinta (18/9)

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Duas pessoas morreram por febre maculosa em Caeté (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A informação foi confirmada pela prefeitura da cidade, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, nessa quinta-feira (18/9). De acordo com o Executivo municipal, as mortes pela doença foram confirmadas em laudos emitidos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Em nota, a prefeitura informou que a Comissão Técnica da Secretaria de Saúde está adotando as medidas necessárias de controle e prevenção. “A equipe de Vigilância Epidemiológica iniciou ações educativas voltadas à promoção da saúde, com foco especial na zona rural, principalmente na região de provável transmissão e áreas do entorno”.

Segundo a administração municipal, foi firmada uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação e outros órgãos estratégicos para ampliar a conscientização e alcançar o maior número possível de moradores, com o objetivo de informar sobre os riscos e formas de prevenção da doença.

A recomendação é que a população fique atenta à presença de carrapatos ao frequentar áreas rurais ou ter contato com animais. Em caso de sintomas, deve-se procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Além disso, é essencial informar à equipe médica sobre qualquer contato com carrapatos ou animais, pois isso pode auxiliar no diagnóstico correto e precoce. Caso os sintomas se agravem, a orientação é buscar atendimento com urgência na Santa Casa de Caeté.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que foram confirmados 27 casos de febre maculosa em 2025 - cinco na capital, 4 em Itabira, entre outras cidades envolvidas. Por meio de nota, a pasta divulgou que realiza ações contínuas para prevenir e enfrentar a febre maculosa, incluindo o monitoramento semanal de casos, capacitação de profissionais de saúde e vigilância ambiental, além da divulgação de materiais técnicos e informativos para equipes municipais e para a população.  

Situação da doença em BH

Belo Horizonte registrou quatro casos da doença em moradores da cidade neste ano. Segundo a prefeitura da capital, três tiveram infecção em outras cidades e um BH. No ano passado, foram registrados 11 casos importados, ou seja, de moradores que se infectaram em outros municípios.

Em 2023, BH confirmou dois casos em moradores, com provável infecção em outro município. Já nos anos de 2021 e 2022, não foram registrados casos de febre maculosa na cidade. Dos casos registrados nos últimos anos, nenhum resultou em morte.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que o município mantém uma vigilância epidemiológica contínua e sistemática, voltada à prevenção e à redução dos riscos de ocorrência da doença, com ações de conscientização e orientação da população. Além disso, segundo a PBH, os profissionais que atuam nas unidades de saúde estão preparados para identificar casos suspeitos da doença.

Quais são os sintomas?

  • Febre
  • Dor de cabeça intensa
  • Náuseas e vômitos
  • Diarreia e dor abdominal
  • Dor muscular constante
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés
  • Gangrena nos dedos e orelhas
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória

O que é a doença?

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da febre maculosa.

Como é feito o diagnóstico?

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença é muito difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia.

No entanto, o médico deve avaliar os sintomas e perguntar onde a pessoa mora ou se esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas, onde possa ter sido picado por um carrapato. Outros exames podem ser feitos para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.

Como é o tratamento?

O tratamento, que é essencial para evitar formas mais graves da doença e até mesmo a morte da pessoa, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico.

Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica é empregada por um período de 7 dias, devendo ser mantida por 3 dias, após o término da febre. A falta ou demora no tratamento da doença pode agravar o caso podendo ser fatal.

A partir da suspeita clínica de febre maculosa, o tratamento com antibióticos deve ser iniciado imediatamente, mesmo antes do resultado laboratorial.

Como se prevenir da doença?

  • Use roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro.
  • Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas.
  • Evite andar em locais com grama ou vegetação alta.
  • Use repelentes de carrapatos;
  • Verifique se você e seus animais de estimação estão com carrapatos;
  • Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça.
  • Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água.
  • Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos carrapatos.

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