TRTAMENTO CONTRA DOR

‘Já testamos todas as alternativas’, diz jovem com pior dor do mundo

Mineira com neuralgia do trigêmeo, considerada a pior dor do mundo, afirma que não fará novas cirurgias para reverter quadro clínico

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A mineira com a pior dor do mundo, segundo a medicina, disse nas redes sociais que não fará novas cirurgias para reverter a neuralgia do trigêmeo, doença descoberta aos 16 anos, que atinge o nervo no rosto. Em vídeo publicado nessa quarta-feira (17/9), Carolina Arruda Leite, de 28 anos, contou que será internada novamente para recarregar a bomba de analgésicos implantada para controlar as dores.

A jovem, que mora em Bambuí (MG), será internada em Alfenas (MG) para repôr a bomba de morfina que, atualmente, conta com fentanil. No início do ano, ela informou que a dor “continua cada vez mais intensa”, fazendo com que a jovem ainda pense no suicídio assistido, realizado na Suíça, para o qual fez uma vaquinha on-line para arrecadar o valor. Carolina, que é estudante de veterinária, passou por cirurgias em julho, no intuito de melhorar a situação, mas não obteve sucesso.

“Eu vou internar, vou recarregar a bomba de morfina. E talvez eu passe por um procedimento, mas eu vou deixar para falar isso mais pra frente. Meu nervo já está completamente desgastado e não tem como mexer mais. Já tentamos todas as alternativas”, contou na publicação.

Carolina já realizou diversas cirurgias, internações e diferentes tratamentos, mas afirmou que não há mais alternativas de novos procedimentos invasivos. De acordo com ela, o quadro de neuralgia evoluiu para uma neuropatia, quando atinge outros nervos. Como o nervo está desgastado, devido às tentativas de cirurgia, não há o que fazer, além de realizar tratamento no controle da dor.

Em fevereiro, ela disse ainda cogitar realizar a morte assistida na Suíça mesmo depois de passar por tratamentos para diminuir o sofrimento nas crises. “Ainda é uma opção pra mim. Infelizmente, eu não queria fazer isso. Ninguém quer tirar a própria vida. Eu não quero tirar minha vida, eu quero tirar minha dor, mas, infelizmente, a vida anda junto. Eu ainda não desisti e acho que eu vou deixar essa opção em stand-by até ter a certeza de que eu cheguei no fim do tratamento”, disse Carolina, em entrevista ao Estado de Minas.

Decepção e outras opções

Segundo a estudante de veterinária, a ideia do suicídio assistido não foi descartada, pois, assim como ela, a família também ficou muito esperançosa com os tratamentos, mas depois de regredir, todos se chatearam. Conforme a jovem, a família ainda não perdeu a esperança, mas como é ela quem sente as dores, pensa primeiramente na qualidade de vida.

“Eu ainda não desisti da ideia do suicídio assistido. Eu acho que ele é uma opção, sim, para me trazer paz, para me trazer um conforto, uma dignidade, porque há muitos anos que eu não sei o que é paz, nem conforto, nem dignidade”, contou na época.

Em relação à vaquinha, a mineira explicou que não mexeu no dinheiro arrecadado, pois a ideia da morte assistida estava de lado até o último procedimento. Além disso, a burocracia para realizá-lo na Suíça demora, em média, cinco anos. Segundo Carolina, desde a divulgação da vaquinha, a vida mudou por causa da superexposição. A repercussão do caso fez com que outras pessoas com a mesma doença se identificassem com a jovem e formassem um grupo de apoio.

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Carolina fundou, ainda, a Associação Neuralgia do Trigêmeo Brasil, que visa ajudar pacientes com a doença, com auxílio de médicos, psicólogos e advogados, de forma gratuita.

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