Um idoso de 79 anos, que trabalhava em situação análoga à escravidão, foi resgatado pela Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais, nesta sexta-feira (12/9). Ele foi localizado em uma fazenda na zona rural de Manga, no Norte do Estado, durante uma ação de fiscalização, que contou com o apoio da Polícia Militar.
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O idoso é Joaquim José da Silva; de acordo com a Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais, ele tem saúde precária e sofre de diabetes e é quase cego de um dos olhos. O trabalhador estava há pelo menos seis meses na fazenda Lagoa Azul, sem equipamentos de proteção individual, como luvas, chapéu ou materiais de primeiros socorros.
Os fiscais também constataram que a moradia onde o idoso vivia sozinho era isolada e não tinha água encanada, banheiro ou local adequado para refeições. Ele usava um rio próximo para tomar banho e coletar água, que ficava armazenada em recipientes de acondicionamento de agrotóxicos.
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Pelo serviço, que não tinha registro em carteira, o idoso recebia meio salário mínimo por mês. Os responsáveis pela fazenda Lagoa Azul foram notificados e terão que fazer tosos os pagamentos de verbas e indenizações trabalhistas em um período de até dez dias. Os valores totalizam cerca de R$ 7 mil.
O superintendente do Trabalho, Carlos Calazans, afirmou que acionará a Justiça para que sejam verificadas questões relacionadas a danos morais causados ao idoso e a possíveis infrações aos Direitos Humanos.
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Depois de ser resgatado, Silva foi conduzido para a casa de familiares, também em Manga. Ele é o terceiro idoso flagrado pela pela Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais em situação análoga à escravidão ao longo dos últimos meses no Estado.