O turno da tarde da Polícia Militar de Governador Valadares (MG), no Vale do Rio Doce, foi diferente nessa quinta-feira (18/9). Uma mulher de 27 anos deu uma dose alta de um tranquilizante, de tarja preta, para a filha, de 1 ano e 7 meses, e a bebê não acordava mais. Na falta de ambulâncias, a menina foi socorrida ao hospital de pronto-socorro por uma viatura policial.

A polícia foi chamada pela avó da menina, que encontrou os militares na porta da casa onde mora, no bairro Porto das Canoas. Ela estava ao lado da filha, que segurava a bebê no colo, em sono profundo. De acordo com o boletim de ocorrência, a criança parecia estar com os sinais vitais normais. 

A mãe afirmou que deu o medicamento porque a menina acordou de madrugada e não parava de chorar. Aos militares, ela contou que teve uma discussão com os pais na segunda-feira (15) por estar desempregada e não receber ajuda do bolsa-família para custear as despesas da filha. 

Ela foi para a casa de um amigo, no bairro Mãe de Deus, onde se estabeleceu com a criança. Segundo ela, às 3h da madrugada de quinta, a bebê acordou e começou a chorar, chamando pela avó materna. Como ela não queria dormir mais, a mãe deu sete gotas do tranquilizante para a criança, sem prescrição médica. 

Apesar da dose alta, a criança continuou a chorar e não voltava a dormir. Com isso, ela pegou o primeiro ônibus do dia, às 5h, e retornou à casa dos pais com a filha acordada. Aos militares, tanto a mãe quanto a avó afirmaram que a bebê se desequilibrou algumas vezes por causa do efeito do medicamento, tendo inclusive chegado a cair, sem causar machucados aparentes. Sete horas e meia depois, às 12:30, a bebê dormiu e não acordou mais. 

As responsáveis tentaram várias vezes acordar a bebê, sem sucesso. A mãe e a avó ficaram desesperadas e chamaram a polícia. No local, os militares contactaram o Samu, que afirmou que não havia ambulâncias disponíveis. Com isso, os militares resolveram levar a criança ao hospital municipal, onde deu entrada e ficou sob cuidados pediátricos, acompanhada da avó.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Questionada, a mãe da criança afirmou que entende que errou, mas não tinha o objetivo de prejudicar a filha. Ela também tomou a medicação, mas recusou atendimento médico por já ter o costume.

O Conselho Tutelar afirmou que irá acompanhar a criança no hospital. A mãe foi presa por maus-tratos.

compartilhe