Dois casos de supostos atos obscenos dentro de dois ônibus de transporte coletivo de Uberaba, no Triângulo Mineiro, foram registrados nesta quarta-feira (24/9) entre 9h02 e 15h37. Ninguém foi preso.

O primeiro caso, segundo registro da Polícia Militar (PM), foi denunciado por uma mulher. Ela disse que no ônibus da linha 120, na saída do Terminal Gameleira, por volta de 8h20, um homem encostou em suas nádegas e, por isso, ela saiu de perto dele e sentou do lado de uma moça.

Ainda conforme relato da denunciante, pouco tempo depois esta moça desceu do ônibus e o suspeito se sentou ao seu lado, colocando o pênis para fora se masturbando.

Então, uma outra mulher que estava em outra poltrona, que também teria visto o suposto crime sexual, teria se levantado e chamado a atenção do suspeito. Ele, então, segundo a denunciante, foi para outro banco do ônibus, mas continuou com o ato obsceno.

Já o segundo registro de ato obsceno na PM de Uberaba, ocorrido ontem, também de passageiro de transporte coletivo, foi denunciado por uma adolescente.

Acompanhada de sua irmã, ela relatou que o caso aconteceu em um coletivo que estava meio vazio, quando percebeu que um homem passou a se masturbar. Ela contou ainda que ele ficou com uma mão dentro do short movimentando o pênis e a outra usou a camiseta para encobrir o ato.

O suposto crime sexual teria ocorrido durante todo trajeto até o Terminal Leste. Neste local, ainda conforme a jovem, todos os passageiros desembarcaram e ela procurou ajuda no terminal. Uma funcionária tentou gravar o suspeito, mas ele percebeu e escondeu o rosto.

De acordo com a assessoria de imprensa da 5ª Região de Polícia Militar (RPM) esses dois casos foram os primeiros registrados pela PM de Uberaba nesse ano.

A reportagem também entrou em contato com a Guarda Municipal e aguarda retorno. Segundo nota da Secretaria de Desenvolvimento do Transporte e Trânsito (SDTT) de Uberaba, ao tomar conhecimento dos ocorridos, imediatamente acionou as forças de segurança - Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e Polícia Civil -, para apuração e adoção das medidas cabíveis.

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"Além disso, acionamos as empresas responsáveis pelo transporte coletivo, para juntas colaborarem com as investigações. Cabe acrescentar que a Prefeitura repudia veementemente esse tipo de atitude, orienta as vítimas a buscarem as forças de segurança para confecção do boletim de ocorrência e ressalta que constantemente a GCM faz rondas nos terminais para inibir crimes de toda ordem. Por fim, ressalta que está à disposição da vítima para encaminhá-la, havendo necessidade, aos serviços de acolhimento da Secretaria de Desenvolvimento Social", diz outro trecho da nota.

A Empresa de Transporte Coletivo Urbano de Uberaba (Transube) também emitiu posicionamento sobre os casos: Confira a nota na íntegra:

"Não foi localizado qualquer contato ou reclamação de usuário a respeito dos fatos relatados, para qualquer colaborador da empresa ou por meio dos canais legalmente existentes, na data das viagens ou depois, e que tomou conhecimento das questões apenas por contato da imprensa sobre o assunto. Apesar disso, seguem averiguando internamente.

A Transube não compactua com qualquer tipo de desrespeito ou conduta inadequada por parte de passageiros. Nesses casos, se a agressão não for presenciada por colaborador da empresa, o passageiro ofendido deve comunicar imediatamente o condutor do coletivo ou qualquer outro colaborador no local, para interrupção da viagem e acionamento imediato da autoridade policial. Inclusive, a própria vítima pode acionar o policiamento. Tais situações, quando identificadas pela empresa, são tratadas com rigor e seriedade, adotando-se as medidas cabíveis. Nosso objetivo é oferecer sempre a melhor experiência possível a todos que confiam em nossos serviços".

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