Família protesta pela repatriação do corpo de mineiro que morreu na Ásia
Gabriel Oliveira foi para o Camboja trabalhar em uma empresa de informática. Ele morreu em julho e, desde então, parentes pedem ajuda ao Itamaraty
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A família de Gabriel Oliveira, de 24 anos, mineiro que morreu em Camboja, na Ásia, irá promover neste sábado (4/10) em Contagem, na Grande BH, um protesto pedindo a repatriação do corpo do jovem. O ato ocorrerá na Praça Nossa Senhora da Glória, no Bairro Eldorado, às 10h.
O jovem morreu em julho deste ano, conforme a representante da empresa que entrou em contato com a família, em razão de um acidente envolvendo um vazamento de gás na cozinha do ambiente de trabalho.
Segundo o pai de Gabriel, Daniel Araújo, o filho se mudou para o país asiático em abril de 2025 devido à uma oportunidade de emprego. O rapaz fazia manutenção na área de informática, mas nunca disse o nome da empresa para a qual trabalhava. “A gente nunca conseguia falar muito com ele, ele só dizia que trabalhava muito”, disse o pai.
A família solicitou duas vezes a repatriação do corpo ao Ministério das Relações Exteriores (MRE). De acordo com Daniel Araújo, a pasta alegou que não teriam direito à repatriação. Procurado pelo Estado de Minas, o MRE não respondeu até a publicação desta matéria.
O pai do mineiro afirma que lutará pela repatriação “até a última instância”. Daniel, inclusive, cita o caso de Juliana Marins, brasileira que caiu de penhasco ao fazer uma trilha na Indonésia. Após a morte da jovem, o governo federal publicou um decreto, determinando que “em caráter excepcional e motivado, a proibição do traslado de corpos de nacionais custeada pelo Estado, pode deixar de falar em casos específicos". Entre eles, a hipótese de o falecimento ocorrer em circunstâncias que causem comoção”.
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Caso a União não venha à repatriar o corpo de Gabriel, a família afirma que cogita fazer uma vaquinha social para pagar os custos de transporte ou ir até Camboja para cremar o corpo.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice