ACIDENTE

BH: família de jovem que caiu no Arrudas acompanha segundo dia de buscas

Duas guarnições do Corpo de Bombeiros procuram pelo jovem, que foi jogado no leito do ribeirão após um acidente de moto na terça-feira (7/10)

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A família de Luiz Gustavo Santiago, garupa de 23 anos que caiu no leito do Ribeirão Arrudas na madrugada de quarta-feira (8/10), acompanha, em agonia, o segundo dia de buscas. O irmão, a companheira e o pai dele não dormem há dois dias, desde que receberam a notícia do desaparecimento dele. 

"Precisamos de apoio, muita ajuda. Desde terça-feira, meu irmão não foi encontrado. O amigo dele está todo 'quebrado' no hospital, estamos sem notícias dele também", disse, em agonia, o irmão Igor Santiago, de 30 anos.

Luiz Gustavo trabalha como repositor terceirizado em um galpão dos Correios na BR-040, na saída para Santa Luzia (MG), na Grande BH. Ao Estado de Minas, Igor contou que o irmão voltava de um evento com amigos pela Avenida dos Andradas quando, em um trecho entre a Faculdade da Santa Casa e o Shopping Boulevard, um carro fechou a moto onde estavam Luiz e um amigo.

Luiz Gustavo tem tatuagens pelo corpo e está desaparecido no leito do Ribeirão Arrudas deste a madrugada de terça-feira (8)
Luiz Gustavo tem tatuagens pelo corpo e está desaparecido no leito do Ribeirão Arrudas deste a madrugada de terça-feira (8) Arquivo pessoal/Imagem cedida ao Estado de Minas

A dupla caiu na água e a moto se manteve na borda. Depois do acidente, os amigos que estavam em outros veículos ligaram para a família de Luiz, que prontamente foi ao local do acidente.

Informações do Corpo de Bombeiros dão conta que o amigo, que pilotava a moto, foi resgatado em segurança. Ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII.

As buscas são acompanhadas pelo irmão Igor; pelo pai de Luiz, Wesley Santiago, de 41 anos, que trabalha com reciclagem; e pela companheira de Luiz, Vitória Beatriz Amaral, de 20 anos, que trabalha como monitora de albergue.

Ela está grávida de seis meses e tem uma filha de 3 anos com o jovem, que está sob os cuidados da família enquanto a jovem procura pelo companheiro. Os três familiares não abandonaram o Ribeirão Arrudas desde que souberam do acidente.

Irmão de Luiz, Igor Santiago, não dorme desde que recebeu a notícia do acidente do irmão
Irmão de Luiz, Igor Santiago, não dorme desde que recebeu a notícia do acidente do irmão Jair Amaral/EM/D.A. Press

Equipes à procura de Luiz

Segundo os bombeiros, no início da tarde desta quinta-feira (9/10), seis militares atuam nas buscas do jovem, que seguem nas proximidades da UPA Leste. Mais cedo, apenas três atuavam na ocorrência. Para Igor, a quantidade era pouca. “Precisa de mais bombeiros, com essa quantidade não acha nada não”, disse. 

Conforme o tenente Mauro Moura, do 1º Batalhão de Bombeiros Militar, as guarnições são padronizadas com três bombeiros cada e suas atuações seguem um protocolo. Segundo ele, a configuração do Arrudas permite a visualização, uma vez que a água não é funda em alguns trechos em épocas como outubro, já que não há um grande volume de chuvas na cidade. A água contaminada e turva, porém, impede a visualização.

Ainda de acordo com o militar, em casos de queda no leito das águas, há uma gestão de variáveis. Como houve a confirmação de onde o jovem caiu, uma vez que o motociclista foi resgatado, as equipes lidam com a possibilidade de que Luiz esteja naquela região ou mais embaixo. 

“Ficamos atentos a tudo, mas o foco continua dali para baixo. Fazemos cobertura nos arredores, usamos técnicas de acesso e diferentes equipes passam pelos mesmos locais mais de uma vez”, explicou. Segundo ele, equipes trocam informações entre si e seguem buscas em diferentes turnos.

Ferramentas nas buscas

À reportagem, o irmão do jovem se queixou que as buscas são encerradas ao final do dia e passam a noite sem procurar por Luiz Gustavo. De acordo com o tenente Marco, a interrupção das buscas só se dá se houver justificativa. “Se há qualquer chance, as buscas são mantidas com diferentes ferramentas”, explicou. 

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Segundo o militar, além do percurso no leito, há buscas com adentramento das galerias, emprego de drones e troca de informações com outros órgãos de segurança e articulação de busca de informações com moradores e transeuntes de regiões onde a pessoa possa estar ou ter passado.

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