Álcool e direção: o que acontece no seu corpo e por que é tão fatal
Entenda como o álcool afeta a coordenação, os reflexos e a capacidade de julgamento
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Uma mulher de 45 anos sofreu um acidente de carro ao retornar de sua festa de aniversário nessa segunda-feira (13/10), em Ipatinga, no Vale do Aço (MG). O carro da aniversariante, que confessou ter ingerido bebida alcoólica, caiu de um viaduto da BR-381.
Esse episódio, ilustra como a bebida afeta drasticamente a percepção e o controle do corpo, as vezes com consequências fatais, especialmente na direção.
Ao ser ingerido, o álcool age como um depressor do sistema nervoso central. Isso significa que ele desacelera as funções vitais do cérebro, impactando diretamente a capacidade de raciocínio, a coordenação motora e o tempo de reação. Os efeitos não são apenas uma questão de "ficar tonto", mas uma desregulação química complexa.
A primeira área afetada costuma ser o córtex frontal, responsável pelo julgamento e pela tomada de decisões. Por isso, uma pessoa sob efeito de álcool pode se sentir mais confiante e desinibida, subestimando perigos evidentes, como dirigir em alta velocidade ou se equilibrar em um local perigoso. Essa falsa coragem é um dos principais gatilhos para acidentes.
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Conforme a concentração alcoólica aumenta, outras áreas do cérebro são comprometidas. O cerebelo, que controla o equilíbrio e a precisão dos movimentos, passa a funcionar com dificuldade. O resultado é a perda de coordenação motora fina e grossa, tornando quase impossível realizar tarefas que exigem precisão, como dirigir um veículo.
Entenda os efeitos práticos do álcool no organismo
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Julgamento prejudicado: a capacidade de avaliar riscos diminui, levando a decisões perigosas que não seriam tomadas em estado de sobriedade. É o principal motivo por trás de atitudes imprudentes ao volante.
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Reflexos mais lentos: o tempo entre ver um obstáculo e reagir, como frear ou desviar, aumenta consideravelmente. Em uma rodovia, essa fração de segundo pode ser a diferença entre a vida e a morte.
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Problemas de visão: o álcool pode causar visão dupla ou turva e reduzir a visão periférica, criando um "efeito túnel" que impede o motorista de perceber perigos que se aproximam pelas laterais.
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Falta de coordenação motora: tarefas simples, como girar o volante com precisão, trocar de marcha ou mesmo manter o carro em linha reta, tornam-se extremamente difíceis.
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Redução da atenção: dirigir exige atenção dividida entre a estrada, os espelhos, o painel e os sinais de trânsito. O álcool torna quase impossível processar todas essas informações simultaneamente.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.