Três escolas municipais de Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro, tiveram as aulas suspensas devido a falta de água. A orientação foi dada pela prefeitura, que também decretou situação de emergência nesta sexta-feira (3/10). 

Segundo decretado pelo prefeito, Rodrigo de Alvin Mendonça, os níveis dos reservatórios de captação de água no Rio Babilônia baixaram "repentina e drasticamente ao ponto de impedir o bombeamento de água para a Estação de Tratamento de Água (ETA)". 

O chefe do Executivo municipal destacou que a situação pode provocar danos sociais e econômicos diante do risco de paralisação de serviços públicos essenciais e de atividades de indústrias e comércios.

Conforme a determinação, ficam dispensadas licitações para aquisições de bens necessários ao atendimento da situação de emergência e para parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo mínimo de um ano. Os órgãos municipais também foram autorizados a atuar de acordo com as ações da Defesa Civil, para enfrentar o cenário. A situação de emergência é válida até 1º de dezembro de 2025.

Também nesta sexta, a Secretaria Municipal de Educação informou que, devido à falta de água, as aulas estão suspensas durante todo o dia. Estão incluídas a Escola Municipal Antenor Airosa Machado, a unidade Márcia Caetano Alves, e o Núcleo Pré-Escolar Mirací de Sousa Mesquita.

A prefeitura ainda emitiu orientações para economizar água, como corrigir vazamentos, evitar lavar carros e calçadas, e reaproveitar a água sempre que possível. 

Racionamento em Itabira

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira, na Região Central de Minas, decretou o início do racionamento de água no município no último dia 24. A medida foi motivada pelo “pior período de estiagem dos últimos anos”, como descreve a empresa, e tem validade até 30 de novembro. 

A cidade foi dividida em seis regiões e cada uma terá o fornecimento de água suspenso um dia por semana, das 7h30 às 21h. O racionamento não está previsto aos domingos. Unidades de saúde, escolas, creches, asilos e outros serviços públicos essenciais vão ter prioridade no abastecimento, segundo o Saae. Em caso de necessidade, caminhões-pipa vão ser disponibilizados, mediante solicitação. 

A Prefeitura de Itabira decretou situação de emergência devido ao período de estiagem em 21 de agosto. Assinada pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB), a medida vale até 30 de novembro deste ano.

A falta de chuvas entre abril e setembro comprometeu severamente o abastecimento das Estações de Tratamento de Água (ETA) responsáveis pelo município, de acordo com o Saae. 

A ETA Pureza, designada para abastecer 60 bairros, reduziu a vazão de 130 l/s para 94 l/s, mesmo com a captação emergencial em agosto. Já a ETA Gatos caiu de 80 l/s para 20 l/s. Essas duas unidades atendem quase 74% da população itabirana — cerca de 80 mil pessoas.

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Em nota, a Prefeitura de Itabira informou que o racionamento de água "é uma medida necessária diante da redução significativa do nível dos mananciais que abastecem o município, agravada pelo período de estiagem prolongada".

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