Os casos de febre maculosa que vêm sendo registrados em diferentes regiões do estado fizeram o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizar Ação Civil Pública (ACP) contra o município de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e a Associação dos Criadores e Admiradores de Cavalos local. O objetivo é impedir que o poder público e a entidade realizem dois eventos, em um momento no qual a cidade enfrenta disseminação da doença.

Um dos eventos em questão é o "Bonde das Feras", marcado para este domingo (5/10). O show, promovido pela Associação no Clube do Cavalo, promete "forró e piseiro" no Clube do Cavalo, no centro de Caeté. O outro é a "Cavalgada Mirim", prevista para ocorrer no distrito de Rancho Novo.

De acordo com o MPMG, os eventos apresentam "riscos à saúde pública, especialmente pela possibilidade de disseminação da febre maculosa". Ambos "envolvem contato direto entre humanos e animais de grande porte, em áreas de vegetação densa, sem comprovação de medidas sanitárias adequadas." A ACP também alega ausência de transparência por parte da gestão municipal.

O MPMG requer, em caráter de urgência, a cassação dos alvarás sanitários dos eventos. A ação também pede que a Associação dos Criadores e Admiradores de Cavalos apresente, em até 24 horas, documentos que comprovem a regularidade sanitária dos locais dos eventos, o que inclui dedetização, inspeção de animais e medidas de prevenção.

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Nesta quinta-feira (2/10) a prefeitura de Caeté suspendeu as aulas da rede municipal como medida preventiva, para impedir o avanço da febre maculosa, que causou duas mortes no município. O MPMG, inclusive, destacou que a suspensão do expediente escolar coincide com a "realização de eventos que envolvem aglomeração de pessoas e animais, sem a devida observância de protocolos sanitários."

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