A Polícia Civil cumpriu nexta-feira (3/10) um mandado de prisão preventiva contra um homem de 25 anos que teria se masturbado perto de mulheres e adolescentes em vários bairros de Belo Horizonte. O jovem, que trabalhava como motoboy, usava seu veículo para realizar as abordagens criminosas e, agora, é investigado por nove crimes de importunação sexual.

“O suspeito tinha o mesmo padrão de conduta. Ele perseguia as vítimas, fazia a abordagem e, algumas vezes, iniciava um diálogo perguntando, por exemplo, as horas. Em seguida, expunha as partes íntimas, praticava atos de masturbação em via pública e depois fugia”, explicou Larissa Mascotte, delegada titular da Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual.

Por meio da análise de imagens captadas por câmeras de segurança instaladas nas imediações dos locais onde as vítimas relataram a abordagem do motoboy, a Polícia Civil conseguiu reunir provas para sustentar o pedido de prisão remetido à Justiça e, assim, obter o mandado.

O primeiro crime levantado pelas autoridades aconteceu no Bairro Industrial, no Barreiro, no fim de novembro de 2024, contra uma menina de 12 anos. Os oito restantes foram registrados nos bairros Nova Floresta, Barroca, Grajaú, Paraíso, Salgado Filho e Sagrada Família contra três adolescentes de 13 anos e cinco mulheres com idades entre 22 e 32 anos.

Nesta sexta, intimado para depor, o homem compareceu à delegacia acompanhado de um advogado, quando foi surpreendido com o mandado de prisão. Antes de ser encaminhado ao sistema prisional, o jovem prestou depoimento.

“Ele se limitou a negar, de forma muito genérica, as acusações, falando que não estava se recordando de nada. Alegou também o costume de urinar na rua em diferentes regiões da cidade”, completou Mascotte.

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Comportamento compulsivo

Na parte da manhã, o homem, que é casado e tem um filho menor de idade, trabalhava em um sacolão e, na parte da noite, fazia entregas como motoboy para uma pizzaria. Com isso, ele aproveitava o veículo para cometer os crimes. “Identificamos um comportamento compulsivo, voltado a essa prática criminosa de forma recorrente”, frisou a delegada.

A PCMG não descarta a possibilidade de haver outras vítimas e orienta que eventuais casos sejam denunciados para reforçar as investigações.

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