Um adolescente de 15 anos foi autuado por ato infracional análogo ao crime de homicídio por envolvimento na morte do militar Thiago Belizar Faustino, de 26 anos, na última sexta-feira (3/10). A informação foi dada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) neste domingo (5/10). O jovem foi um dos três adolescentes apreendidos nesse sábado (4/10) suspeitos de envolvimento na perseguição que culminou na morte do militar.
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Os três jovens, acompanhados de seus respectivos responsáveis legais, foram conduzidos e ouvidos na delegacia de plantão. Os outros dois adolescentes, de 14 e 15, foram ouvidos e liberados.
A PCMG informou que o adolescente apreendido foi apresentado ao Ministério Público, que adotará as medidas legais cabíveis.
A corporação afirmou ainda que investiga o que provocou a morte do soldado da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e que a perícia técnica da PCMG foi ao local da ocorrência.
Perseguição e morte
O soldado Thiago Belizar Faustino era lotado no 35º Batalhão da Polícia Militar em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde fazia patrulhamento na noite da última sexta-feira (3/10).
A PMMG informou que três jovens estavam em duas motos quando, por volta das 19h20, se depararam com a equipe de policiais que patrulhava a região do Bairro Barreiro do Amaral, também de moto. Ao se depararem com os agentes, os suspeitos fugiram em sentidos opostos, sendo perseguidos pelos militares. O soldado Thiago foi atrás de uma motocicleta com dois ocupantes.
Conforme o boletim de ocorrência, o condutor de uma caminhonete Fiat Strada, que estava na Rua Gama Neto, relatou que a moto perseguida fez uma manobra intencional que arremessou o policial contra o veículo. Ao colidir contra a caminhonete, o soldado ficou irresponsivo no chão.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e fez manobras de reanimação por 40 minutos no policial, mas ele não reagiu e morreu no local.
Trio apreendido
Com apoio de imagens de câmeras de segurança de ruas do bairro, a Polícia Militar conseguiu identificar os suspeitos. Os adolescentes eram amigos e foram presos em uma residência próxima ao local do acidente.
De acordo com os registros, o trio não tem passagem pela polícia, mas tem histórico de envolvimento em “rolezinhos” com motocicletas adulteradas para manobras perigosas.
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Ainda segundo a Polícia Militar, os três adolescentes pilotavam motocicletas da marca Shineray adulteradas e tinham prática em manobrar o veículo.
O que são atos infracionais?
São considerados atos infracionais condutas descritas como crime ou contravenção penal cometidas por crianças ou adolescentes, que por serem menores de 18 anos são penalmente inimputáveis.