Um homem de 72 anos, suspeito de matar a tiros o vizinho meses após uma briga por causa da divisa de um terreno, foi preso na noite da última quarta-feira (8/10). Segundo registrado pela Polícia Militar no boletim de ocorrência, Gilson Terto Ramos, de 55 anos, foi executado a tiros no dia anterior, por volta das 19h, em Mutum (MG), na região do Vale do Rio Doce.

A esposa da vítima relatou aos militares que, em abril deste ano, o marido havia colocado uma cerca para demarcar a divisão entre a propriedade deles e o terreno do vizinho. O suspeito do crime, segundo afirmou a mulher, arrancou a estrutura e colocou outra, tomando parte do terreno do casal. Irritado, Gilson discutiu com o vizinho e, por fim, acabou ameaçado de morte por ele. No início da noite do último dia 7, o homem conseguiu entrar na casa da vítima e, na cozinha da residência, atirou em Gilson, afirmou a esposa. Ele foi atingido na cabeça e no abdômen e morreu ainda no local.

A esposa disse que, com medo de também ser morta, permaneceu trancada em um quarto e só conseguiu acionar a PM na manhã seguinte, quando deixou o imóvel. Segundo ela, não foi possível ligar antes para a polícia porque não há sinal de telefonia em sua casa.

Questionado, o homem negou o crime e alegou que estava em casa no momento dos disparos, afirmando possuir câmeras de segurança que poderiam comprovar sua versão. No entanto, ao ser solicitado a mostrar as imagens, disse que havia desinstalado o aplicativo do celular e, ao verificarem o sistema, os policiais constataram que os cartões de memória das câmeras haviam sido removidos.

A perícia da Polícia Civil confirmou que a vítima foi atingida por dois disparos — um na cabeça, que transfixou de um lado ao outro, e outro no abdômen, cujo projétil ficou alojado sob a pele das costas. O calibre da arma não foi identificado no local.

Após a prisão, o suspeito foi levado ao pronto-socorro municipal para avaliação médica e, em seguida, encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Manhuaçu, já que não havia atendimento da instituição policial em Mutum. Ele foi acompanhado por defensores públicos durante o registro da ocorrência.

A Polícia Civil vai investigar o caso a fim de apurar as circunstâncias do homicídio.

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