O empresário da construção civil identificado como Luiz Antônio da Silva, de 61 anos, foi encontrado morto na manhã deste sábado (18/10) em um cafezal à margem da MG-230, na zona rural de Patrocínio (MG), no Alto Paranaíba. Segundo a Polícia Militar, ele foi vítima de extorsão. Três pessoas — que estavam dentro do veículo do empresário após o corpo ser abandonado — foram presas. 

As diligências policiais tiveram início por volta das 21h de sexta-feira (17/10), quando, em Patos de Minas, a polícia abordou um homem de 25 anos na direção de uma caminhonete S10. Ele estava acompanhado de uma jovem de 18 anos e de outro rapaz, de 24 anos.

Conforme consta no boletim de ocorrência, a ordem de pare dada pela PM não foi acatada. Os militares conseguiram cercar o veículo.  Durante a abordagem, o grupo forneceu “informações contraditórias” sobre  o motivo da fuga, informou a Polícia Militar.

A CNH do empresário e um cartão de banco dele estavam com o homem de 24 anos. Esse jovem recebeu do empresário R$ 16.100 via Pix. Uma filha da vítima, que tem acesso a essa conta bancária, confirmou à polícia transferências nos valores de R$ 100, R$ 6 mil e R$ 10 mil.

Na caminhonete, os militarem notaram que os bancos estavam manchados de sangue. Naquele momento, como Luiz Antônio ainda era dado como desaparecido, o trio recebeu voz de prisão apenas pelo crime de extorsão e foi conduzido à delegacia em Patos de Minas. Os três são moradores de Patrocínio.

Localização do empresário e 14 perfurações de faca

Em depoimento, a jovem de 18 anos indicou onde o corpo do empresário foi desovado. Ela alegou não ter envolvimento com o crime e disse ter encontrado com Luiz na tarde de sexta-feira para comprar drogas. Chegando ao local onde iriam obter os entorpecentes, os dois homens, agora presos, entraram na caminhonete. O rapaz de 25 anos assumiu a direção.

Segundo ela, quando todos já estavam no cafezal, à margem da MG-230, na zona rural de Patrocínio, o empresário, depois de ser obrigado a fazer as transferências via Pix, tentou fugir e foi atacado com uma faca pelo homem de 24 anos. O outro rapaz, ainda de acordo com a jovem, passou com a caminhonete sobre o corpo da vítima. 

Apesar das alegações de inocência no homicídio e de ajudar a polícia a localizar Luiz Antônio, a jovem é qualificada na ocorrência como suspeita, pois não há evidências da versão que ela apresentou às autoridades. Nesse sentido, caberá à Polícia Civil identificar as circunstâncias do crime.

A perícia da Polícia Civil contabilizou 14 perfurações feitas com faca em Luiz Antônio, além de uma marca na altura da coxa da perna esquerda indicando que, possivelmente, a roda do veículo passou sobre a vítima. O corpo foi recolhido debaixo de um pé de café e encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML).

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