Belo Horizonte pode ganhar um novo equipamento para a limpeza urbana. Nesta quarta-feira (29/10), a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) testou uma minivarredeira 100% elétrica na Avenida Afonso Pena, próximo à entrada do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro.
O equipamento promete facilitar a aspiração de folhagens leves ou densas, e de diversos resíduos em diferentes tipos de pavimentos e obstáculos urbanos, como complemento à varrição manual da cidade. Com mangote de sucção, a varredeira consegue remover folhas, areia e outros detritos em praças, calçadas e ciclovias, adaptando-se a superfícies irregulares e declives. Segundo as especificações técnicas do fabricante, a máquina consegue operar em condições variadas e é capaz de limpar passeios com obstáculos, mantendo a eficiência.
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A minivarredeira se destaca pelo funcionamento silencioso, autonomia superior a oito horas e capacidade de varrição de até 6.500 metros por hora. Além de ampliar a produtividade, seu funcionamento totalmente elétrico contribui para a redução de emissões de poluentes e melhora as condições do ar, por meio de um sistema de filtragem que retém a poeira fina e libera ar limpo.
Para a chefe do Departamento de Serviços de Limpeza Urbana da SLU, Erika Santos Resende, a tecnologia é uma forma de aprimorar os serviços oferecidos à população, garantindo mais agilidade e melhor qualidade à limpeza da cidade.
Como funciona a varredeira elétrica?
A primeira carga completa-se em 24 horas, enquanto as subsequentes levam cerca de seis horas, garantindo até oito horas de operação contínua.
O equipamento possui dois modos de operação: embarcado, em que é conduzido pelo operador, sentado, em vias largas e ciclovias, com velocidade de até 5 km/h; e desembarcado, conduzido manualmente em locais estreitos ou com curvas, como praças, a até 1 km/h. Além da varrição convencional, a máquina conta com mangote de sucção para folhas, areia e outros resíduos, podendo atuar em calçadas, ruas e ciclovias.
Segundo a prefeitura, uma unidade substitui de 10 a 12 agentes de limpeza em uma operação de oito horas, aumentando a produtividade sem gerar desemprego, já que os profissionais podem ser realocados e treinados para operar a máquina. O investimento médio é de R$ 300 mil por unidade, ideal para limpeza de orlas, parques, praças e ciclovias, removendo areia, terra e detritos leves.
Testes em BH
O superintendente da SLU, Breno Serôa da Motta, explicou que o equipamento está sendo testado de forma experimental para avaliar a produtividade e a eficiência antes de uma possível aquisição. Ele destacou que a varredeira, desenvolvida com tecnologia italiana e fabricada em Vitória (ES), consome menos energia, produz menos poeira e tem um sistema de aspersão de água, que evita que a sujeira se espalhe durante o serviço. Segundo o superintendente, tudo isso permite que a máquina opere próxima aos pedestres, sem atrapalhar o fluxo de pessoas ou o comércio local.
“Nosso objetivo é avaliar se ela realmente se adapta à realidade dos passeios de Belo Horizonte e observar onde o equipamento tem melhor desempenho”, afirmou Breno.
O prefeito Álvaro Damião (União Brasil) reforçou que a iniciativa faz parte de uma estratégia para somar tecnologia à manutenção da cidade, sem substituir os garis, que continuam fundamentais. Ele explicou que a medida visa melhorar a eficiência da limpeza urbana e permitir a lavagem de calçadas em áreas tombadas ou com grande movimentação.
Damião também destacou que a colaboração da população é essencial: quanto mais limpa a cidade estiver, menos recursos públicos precisarão ser investidos, possibilitando aplicar o dinheiro em outros setores. “O que estamos fazendo hoje é um teste com uma varredeira elétrica, que vem somar à automatização que já existe na cidade com outros equipamentos. A ideia é buscar tecnologia para melhorar a qualidade de vida das pessoas em todas as áreas, sem exceção”, afirmou o prefeito.
Outras ações de limpeza urbana em BH
Além da minivarredeira elétrica, Belo Horizonte já conta com varredeiras mecanizadas para limpeza de sarjetas e meios-fios em vias de trânsito rápido ou em locais onde a varrição manual oferece risco aos garis. Breno Serôa explicou: “Hoje apresentamos um equipamento que já está em operação na cidade: a nossa varredeira mecânica, que realiza a limpeza de sarjetas e meios-fios em vias de trânsito rápido ou em locais onde a varrição manual oferece risco aos garis.
Essa varredeira opera principalmente à noite, justamente para evitar interferências no tráfego. Hoje, faremos uma demonstração dela aqui na avenida. Nosso foco é incorporar mais tecnologia e sustentabilidade ao serviço de limpeza urbana de Belo Horizonte, garantindo mais eficiência e melhores condições de trabalho para os nossos agentes.”
Esses caminhões percorrem cerca de 60 quilômetros por dia, com escovas laterais, escova central e aspirador acoplado que recolhe os resíduos, garantindo maior segurança e eficiência.
A Prefeitura iniciou, na última sexta-feira (24/10), o projeto-piloto de armazenamento em contêineres de resíduos na região central. Foram instalados 50 contêineres de 1.000 litros em pontos estratégicos, para que moradores e comerciantes depositem o lixo de forma mais organizada e segura, reduzindo o risco de pragas e a poluição visual.
A medida busca reduzir o tempo de exposição do lixo nas ruas, que antes ficava acumulado até a coleta noturna da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). Hoje, o hipercentro gera cerca de 40 toneladas de resíduos por dia, somando lixo domiciliar, comercial e descarte irregular.
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Segundo a SLU, o projeto tem caráter educativo: equipes visitam os estabelecimentos para orientar sobre o uso correto dos contêineres e os horários de coleta. “Antes, muitas pessoas deixavam o lixo na rua no fim da tarde. Agora, ele poderá ser colocado dentro dos contêineres, evitando o mau cheiro e a presença de ratos e insetos”, informou o órgão.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Juliana Lima
