Saga de comboio de 636t e 123m de comprimento chega ao fim em MG
Megacarga inicia nova etapa em território goiano. Destino final é fábrica de cimentos no estado, com previsão de chegada no início de 2026
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A saga de um comboio de um moinho industrial de 213 toneladas, fabricado na China, que iniciou seu trajeto no Porto de Santos (SP) em agosto desse ano, encerrou seu trajeto por Minas Gerais na tarde dessa segunda-feira (22/12) e iniciou nova etapa em território goiano.
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O destino final é a fábrica da Votorantim Cimentos, em Edealina, no Sul de Goiás, com previsão de chegada para o início de janeiro de 2026, conforme estimativa da Cruz de Malta. Após deixar Minas, o comboio chegou ao Posto Fiscal de Itumbiara (GO), no Km 686 da BR-153, onde fez parada técnica antes de seguir viagem no início da manhã desta terça-feira (23/12).
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o comboio realizaria na manhã de hoje uma manobra de retorno até o km 696 para, então, acessar a BR-452, rodovia que leva até o município de Edealina.
Quatro caminhões puxam a carreta com a megacarga de forma sincronizada, cada um sendo conduzido por um motorista. No total, de acordo com a PRF, o comboio conta com seis motoristas, somou 636 toneladas de peso total (composição + carga), 123 metros de comprimento total, cerca de 8 metros de largura, além de contar com 44 eixos e 296 pneus.
O comboio, que já passou por mais de 30 cidades, viaja a uma velocidade média de 20 km/h, ocupando as duas faixas da rodovia.
A megacarga percorreu Minas Gerais por cerca de dois meses, cruzando cidades do Alto Paranaíba, como, por exemplo, Patrocínio, Patos de Minas e Araxá; e do Triângulo Mineiro, entre elas Uberaba, Campo Florido e Uberlândia.
Todo o trajeto conta com o apoio operacional das concessionárias responsáveis pelos trechos e da PRF, com escolta e acompanhamento técnico.
Segurança
Segundo informações divulgadas pelo supervisor do comboio, Marcelo Getúlio Roque, o veículo ocupa praticamente toda a pista, sendo que a operação realiza pelo menos duas paradas diárias, com duração média de 1h cada, liberando o fluxo de veículos que ficam atrás da carga.
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As medidas de segurança incluem, ainda conforme Marcelo Roque, a suspensão da viagem em condições climáticas adversas, como chuva ou neblina, o que já provocou algumas interrupções e adiamentos. Em Monte Carmelo, por exemplo, a carga ficou estacionada por seis dias no km 514 da BR-365, devido à chuva, o que atrasou a viagem até o Triângulo Mineiro. "A gente zela pela segurança em primeiro lugar", destacou Roque.