CV X PCC EM BH

BH: tiroteio e três baleados em guerra de facções na Pedreira Prado Lopes

Embate territorial entre o Comando Vermelho e o PCC motivou ataque coordenado na Região Noroeste. Ordem para o crime teria partido de liderança presa

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Um violento embate entre organizações criminosas rivais que disputam o controle do tráfico e de atividades criminosas resultou em três homens feridos a tiros entre o final da noite de terça-feira (23/12) e a madrugada desta quarta-feira (24/12), na Região Noroeste de Belo Horizonte.

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A ofensiva ocorreu no chamado Buraco Quente, inserido no complexo de favelas da Pedreira Prado Lopes e Vila Senhos dos Passos, mobilizando efetivos policiais para conter o avanço da violência urbana na região.

As vítimas, de 25, 29 e 44 anos, foram atingidas por múltiplos disparos de arma de fogo. Conforme os registros médicos, um dos homens foi alvejado por três tiros, o segundo por dois, enquanto o terceiro sofreu um ferimento na cabeça.

Entre os atingidos, as autoridades identificaram uma pessoa em situação de rua que circulava pelo beco no momento do ataque. Todos os feridos foram encaminhados ao Hospital Odilon Behrens, que fica à frente do aglomerado, permanecendo sob cuidados médicos sem atualizações recentes sobre os quadros clínicos.

De acordo com as apurações iniciais, a ação foi perpetrada por quatro indivíduos vinculados ao Comando Vermelho (CV). Testemunhas relataram que os agressores gritavam o nome da organização durante os disparos.

Há divergências sobre o meio de fuga dos agressores, com relatos de uma evasão a pé logo após o crime, enquanto há que afirme ter sido utilizado um táxi para apoio na retirada dos suspeitos da cena do crime.

A principal suspeita é ter sido este mais um desdobramento da disputa por controle territorial com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Quando as facções chegaram á favela?

Na década de 2000, a Pedreira Pardo Lopes foi uma das primeiras favelas de BH a ter ligações estreitas com o crime organizado de outros estados. O traficante que dominava a comunidade, Roni Peixoto, morto em 2022, era considerado o "braço direito" em Minas Gerais de Fernandinho Beira-Mar, um dos atuais líderes do Comando Vermelho preso em presídio federal.

Informações colhidas pela inteligência policial sugerem que a ordem para a execução que terminou com três baleados partiu de uma liderança do grupo agressor que se encontra presa. Durante a perícia no local, militares apreenderam munições com uma das vítimas, reforçando a suspeita de que houve revide e que os alvos também portavam armamento, possivelmente recolhido por comparsas.

Simultaneamente ao socorro das vítimas, patrulhas realizavam diligências no Beco 21 de Abril quando avistaram um motociclista em veículo sem placa. O condutor desobedeceu à ordem de parada e fugiu, abandonando a motocicleta para escapar por entre as passagens estreitas do aglomerado. Apesar do cerco montado em toda a Região Noroeste, os executores do atentado ainda não foram localizados.

O inquérito foi instaurado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que trabalhará na identificação formal dos autores e do mandante intelectual. O histórico dos envolvidos aponta vinculação prévia com o tráfico de entorpecentes, o que sustenta a tese de que o crime foi motivado pela guerra interna entre grupos que disputam o comércio ilícito de drogas na capital mineira.

As forças de segurança mantêm o policiamento reforçado na Pedreira Prado Lopes para evitar novas retaliações e garantir a ordem pública. A investigação segue em sigilo para não comprometer o rastreamento dos suspeitos que permanecem foragidos.

Ataque no Buraco Quente

Invasão do beco: quatro suspeitos armados entram na localidade na noite de terça-feira (23/12)

Execução dos disparos: agressores mencionam nome de facção enquanto atingem três alvos

Socorro das vítimas: feridos são levados ao hospital Odilon Behrens por moradores e policiais

Tentativa de abordagem: motociclista foge de guarnição da PM e abandona veículo sem placa

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Investigação do caso: ocorrência é entregue à Polícia Civil para investigação de disputa territorial

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