A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) divulgou nesta terça-feira (30/12) os valores destinados ao pagamento do subsídio no transporte coletivo no ano de 2026. O montante pago será de R$ 756.945.104,82, o que representa um aumento de 7,4% em relação aos R$ 704,7 milhões pagos em 2025.

A divulgação dos valores da remuneração complementar foi feita no mesmo dia que a prefeitura anunciou o aumento da tarifa de ônibus cobrada dos passageiros, dos atuais R$ 5,75 para R$ 6,25. O novo valor será cobrado a partir da meia-noite desta quinta-feira (1º/1).

O cálculo para o subsídio considerou a variação de uma série de indicadores ao longo deste ano, como a inflação e taxa de juros, gastos com combustível, entre outros. A partir destes números, foi feito um novo cálculo em cima da remuneração complementar paga em 2025.

A fórmula do subsídio considera o custo total do sistema, subtraído os valores arrecadados com a tarifa paga diretamente pelos passageiros. Para 2026, a prefeitura considerou uma redução de R$ 4 milhões por mês nas tarifas em razão da tarifa zero implantada nos domingos e feriados.

Os valores pagos pela prefeitura às empresas e aos permissionários é por quilômetro rodado. Dos valores destinados para o ano que vem, quase a totalidade irá para as empresas do sistema de transporte convencional (R$ 736 milhões), enquanto que o sistema suplementar receberá uma pequena parte (R$ 20 milhões).

Em 2025, a projeção foi de 153 milhões de quilômetros rodados ao longo do ano, sendo pago subsídio de R$ 4,50 por quilômetro. Para 2026, a projeção é que o sistema de transporte coletivo some 157 milhões de quilômetros percorridos, sendo pago subsídio de R$ 4,66 por quilômetro.

Orçamento

O projeto da Lei Orçamentária Anual para 2026 (LOA) foi aprovado pela Câmara Municipal no começo de dezembro com um déficit previsto em R$ 786,6 milhões. Para 2026, a administração municipal prevê uma arrecadação de R$ 24,13 bilhões, com despesas estimadas em R$ 24,9 bilhões.

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Quando o projeto foi apresentado aos vereadores, constava a previsão de R$ 2 bilhões para a mobilidade urbana da capital, mas sem o detalhamento de quanto seria destinado ao subsídio do transporte coletivo. Deste montante, parte está reservada para obras do Novo Anel Rodoviário, implantação de corredores prioritários para ônibus, entre outras intervenções.

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