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Chefe da UNRWA pede investigação sobre ataques contra seu pessoal em Gaza

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O chefe da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) voltou a criticar Israel nesta terça-feira (23) e pediu ao Conselho de Segurança que investigue o "flagrante desprezo" pelas operações da ONU em Gaza, onde muitos de seus trabalhadores morreram.

Os comentários de Philippe Lazzarini surgem um dia após a divulgação de um relatório que afirma que Israel ainda não apresentou "provas" de que alguns dos membros da UNRWA estão ligados a "organizações terroristas".

Mas os autores do documento, encomendado pelo secretário-geral da ONU, também apontam que a UNRWA tem "problemas de neutralidade política", especialmente no uso das redes sociais por parte de seus funcionários.

Embora aceite as descobertas do relatório, Lazzarini disse a jornalistas que os ataques à neutralidade da agência "são principalmente motivados pelo objetivo de privar os palestinos do status de refugiados" e que "esta é a razão pela qual há pressões para que a UNRWA deixe de estar presente" em Gaza, em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.

A agência, criada pela Assembleia Geral da ONU em 1949, atualmente presta assistência a cerca de 5,9 milhões de refugiados registrados.

Lazzarini indicou que durante uma reunião recente "pediu aos membros do Conselho de Segurança uma investigação independente e uma prestação de contas pelo flagrante desprezo pelas instalações, pessoal e operações da ONU na Faixa de Gaza".

Até esta terça-feira, 180 funcionários da UNRWA foram mortos, 160 instalações foram danificadas ou destruídas e "pelo menos 400 pessoas morreram buscando proteção sob a bandeira da ONU", lembrou Lazzarini.

Edifícios desocupados dessa entidade têm sido usados para fins militares pelo Exército de Israel ou pelo grupo islamista palestino Hamas e outros militantes; e funcionários da UNRWA foram presos e até torturados, acrescentou.

Israel tem equiparado repetidamente essa agência da ONU ao Hamas, cujo ataque em 7 de outubro deixou 1.170 mortos em Israel, a maioria civis, segundo contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

A ofensiva aérea e terrestre lançada por Israel em retaliação já deixou pelo menos 34.183 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.

ia/bjt/mel/nn/ic

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