NOVAS REGRAS

Portugal avisa que vai endurecer política migratória

Novo governo decidiu revogar disposição em vigor desde 2018 que permite aos imigrantes requerer regularização provando que estavam trabalhando por pelo um ano

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O governo português de centro-direita anunciou, nesta segunda-feira (3/6), o endurecimento da política migratória do país, que se tornou um dos mais abertos da Europa sob o comando dos socialistas. Os conservadores chegaram ao poder em março depois de anos de governo da esquerda.

"Queremos acabar com alguns mecanismos que deram lugar a um abuso excessivo da nossa disponibilidade de receber" os imigrantes, declarou o primeiro-ministro Luis Montenegro, ao apresentar uma série de medidas destinadas a abrir caminho "para um novo ciclo de gestão do fluxo migratório".

O novo governo decidiu revogar uma disposição em vigor desde 2018 que permite aos imigrantes requerer sua regularização provando que estavam trabalhando por pelo menos um ano e pagando contribuições para a seguridade social, mesmo tendo entrado ilegalmente em território português.

Montenegro reconheceu que Portugal precisa de imigrantes para enfrentar seu "declínio demográfico", mas também defende que se deve "evitar o extremo que consiste em não controlar as entradas no país".

Portugal viu sua população estrangeira duplicar em cinco anos, chegando a um milhão de pessoas no ano passado, um décimo da população total, segundo os números provisórios enviados à AFP pela Agência para a Integração, Migração e Asilo (Aima).

No ano passado, cerca de 180 mil imigrantes foram regularizados, segundo os dados ainda provisórios citados pelo governo.

Criada no último outono (primavera no Brasil) após a dissolução da antiga polícia de fronteira, a agência de migração do governo tem enfrentado desde então escassez de pessoal e aumento no número de solicitações, o que levou a um aumento no número de casos não processados.

De acordo com o governo, o número de solicitações sem resposta já passam das 400 mil, mas segundo a imprensa local, podem chegar a 500 mil. 

"A agência que existe hoje, a Aima, não funciona bem e nós devemos reestruturá-la", anunciou o primeiro-ministro nesta segunda-feira.

O partido de extrema direita Chega, que conseguiu um novo crescimento nas eleições de março com 18% dos votos, pediu a suspensão da emissão de novas autorizações de residência e que a Aima não analise mais os pedidos já realizados.

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