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Justin Trudeau renuncia como premiê do Canadá

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O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou sua renúncia nesta segunda-feira (6) e disse que deixará o cargo assim que o governante Partido Liberal escolher um novo líder, após meses de divisão interna e queda nas pesquisas.

"Vou renunciar como líder do partido e como primeiro-ministro, depois que o partido eleger seu próximo líder", disse Trudeau a repórteres na capital, Ottawa.

Quase uma década após assumir o poder, Trudeau, de 53 anos, vinha enfrentando semanas de pressão com a proximidade das eleições gerais e com seu partido nos níveis mais baixos nas pesquisas.

Ainda não está claro por quanto tempo permanecerá no cargo como primeiro-ministro interino. Ele afirmou que a corrida pela liderança liberal será "um processo competitivo sólido e a nível nacional".

Isso significa que Trudeau ainda estará governando o Canadá quando o novo presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, tomar posse em 20 de janeiro. Ele terá a tarefa de liderar a resposta inicial do país ao novo governo americano, inclusive uma possível guerra comercial. 

Trump anunciou que imporá tarifas de 25% sobre todas as importações canadenses, o que poderia ser devastador para a economia do Canadá; Trudeau prometeu tomar represálias.

- Um novo líder -

O apoio de Trudeau dentro do Partido Liberal vacilou durante grande parte do ano passado, mas afundou ainda mais após a renúncia surpresa, em dezembro, da sua ex-ministra das Finanças e vice-primeira-ministra, Chrystia Freeland. 

Em uma contundente carta de renúncia, Freeland acusou Trudeau de se concentrar em truques políticos para apaziguar os eleitores, em vez de estabilizar as finanças do Canadá antes da chegada das tarifas prometidas por Trump. 

A imprensa canadense sinalizou Freeland como uma possível candidata para assumir o Partido Liberal ao lado do ex-governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, um canadense que também chefiou anteriormente o Banco do Canadá. 

Lori Turnbull, professora de ciências políticas na Universidade de Dalhousie, afirmou que tradicionalmente uma corrida pela liderança liberal levaria de quatro a seis meses, mas desta vez "eles têm que ser mais rápidos do que isso". 

"Se não tiverem um novo líder para as próximas eleições, então não faz sentido", disse à AFP.

Os liberais de Trudeau estão muito atrás dos conservadores da oposição nas pesquisas e sobreviveram por pouco a três moções de censura no Parlamento no final do ano passado. 

Em dezembro, o Novo Partido Democrático (NPD), de esquerda, anunciou que encerraria o seu apoio ao governo e votaria pela destituição de Trudeau na próxima oportunidade.

Trudeau confirmou que recebeu permissão do governador-geral do Canadá para suspender todos os trabalhos parlamentares até 24 de março. 

Isso poderia dar aos liberais tempo para eleger um novo líder e restringir as possibilidades da oposição de apresentar uma moção de censura. 

Nas pesquisas de intenção de voto, o primeiro-ministro está mais de 20 pontos atrás do seu rival conservador, Pierre Poilievre. 

As próximas eleições gerais canadenses devem ser realizadas no máximo em outubro de 2025.

amc/bs/bgs/db/nn/aa/ic

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