Os presidentes da Rússia e da China parabenizaram Alexander Lukashenko nesta segunda-feira (27) por sua reeleição para um sétimo mandato em Belarus, o que, segundo Vladimir Putin, mostra que o líder bielorrusso tem o apoio "inquestionável" do povo.

Lukashenko, de 70 anos, que governa Belarus com mão de ferro desde 1994, foi reeleito no domingo com 86,82% dos votos, de acordo com a Comissão Eleitoral, informou a agência de notícias russa Ria Novosti. 

Durante seu mandato que agora chega ao fim, Lukashenko reprimiu completamente qualquer dissidência após protestos massivos contra ele em 2020. A oposição no exílio chamou a eleição de "farsa". 

"Sua vitória convincente nas eleições atesta claramente sua grande autoridade política e o apoio inquestionável da população à política adotada por Belarus", disse o presidente russo, Vladimir Putin, em uma mensagem publicada no site do Kremlin. 

"Ele sempre será um convidado bem-vindo e querido em solo russo (...) Espero vê-lo em breve em Moscou", acrescentou.

Belarus é um importante aliado da Rússia e seu território serviu de retaguarda para as tropas de Moscou quando elas lançaram a ofensiva na Ucrânia em fevereiro de 2022.

O presidente chinês, Xi Jinping, "enviou uma mensagem de parabéns" a Lukashenko por sua reeleição, informou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. 

A Comissão Eleitoral de Belarus disse que não registrou "praticamente nenhuma violação" do processo eleitoral durante a campanha. 

Os principais adversários políticos de Lukashenko estão atualmente presos ou exilados. 

A líder da oposição, Svetlana Tikhanovskaya, exilada na Polônia, agradeceu aos bielorrussos que se manifestaram no exterior contra Lukashenko no domingo. 

"A coragem e a solidariedade deles são um lembrete poderoso de que os bielorrussos nunca deixarão de lutar pela liberdade, pela democracia e por um futuro europeu", disse ela.

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