Internacional

Bezos anuncia restrições em editoriais do jornal The Washington Post

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O jornal The Washington Post deixará de publicar opiniões contrárias às "liberdades pessoais e ao livre mercado" em seus editoriais, anunciou, nesta quarta-feira (26), seu proprietário, Jeff Bezos, na mais recente intervenção do bilionário na redação deste prestigiado jornal americano.  

"Vamos escrever todos os dias em apoio e defesa de dois pilares: as liberdades pessoais e o livre mercado", escreveu Bezos na rede social X. 

"Também cobriremos outros temas, é claro, mas os pontos de vista opostos a esses pilares serão deixados para que outros publiquem."

A medida, que representa uma ruptura significativa com a norma de pluralidade nas páginas de opinião do Washington Post e da maioria dos meios de comunicação confiáveis do mundo, ocorre em um momento em que a mídia americana enfrenta crescentes ameaças à sua liberdade e acusações de parcialidade por parte do presidente Donald Trump. 

Em outubro, Bezos gerou polêmica ao vetar o apoio planejado pelo jornal à vice-presidente democrata Kamala Harris para as eleições presidenciais de 2024, o que desencadeou protestos na redação e cancelamentos de assinaturas. 

E em janeiro, uma premiada cartunista política do jornal, Ann Telnaes, se demitiu depois que um de seus desenhos, que mostrava Bezos ajoelhando-se para obter a aprovação de Trump, foi reprovado.

Na época, o editor da página editorial, David Shipley, defendeu a decisão, dizendo que havia sido tomada para evitar a cobertura repetida do mesmo tema. 

Bezos anunciou nesta quarta que Shipley deixará seu cargo por não ter endossado a nova política das páginas de opinião.

Outros membros do jornal também expressaram preocupação. 

"A massiva invasão de Jeff Bezos na seção de opinião do The Washington Post hoje deixa claro que opiniões dissidentes não serão publicadas nem toleradas lá", disse Jeff Stein, principal correspondente econômico do jornal, no X.

Em sua publicação desta quarta-feira, Bezos afirmou que o Washington Post não precisa oferecer opiniões contrárias porque "a internet faz esse trabalho".

Bezos, também proprietário da Amazon e o terceiro homem mais rico do mundo, tem se mostrado cada vez mais próximo de Trump desde que o republicano venceu as eleições em novembro de 2024, assim como outros magnatas da tecnologia dos EUA.

aha/md/db/nn/jb/ic

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