O Svalbard Global Seed Vault, popularmente conhecido como o “cofre do juízo final”, recebeu na última terça-feira (25/2) mais de 14 mil amostras de sementes de 21 bancos de genes, reforçando seu objetivo em preservar a biodiversidade agrícola.

O programa é responsável por armazenar sementes de diversas culturas alimentares em cavernas artificiais localizadas na ilha de Spitsbergen, no arquipélago de Svalbard, na Noruega. O espaço está preparado para resistir a desastres, que vão desde guerras nucleares até consequências do aquecimento global.


O cofre teve sua construção inteiramente financiada pelo governo norueguês em 2008, custeado em US$ 8,8 milhões (valor no ano de lançamento). O armazenamento de sementes no cofre é gratuito para os usuários finais, enquanto a Noruega e a organização internacional Crop Trust pagam os custos operacionais.


Por meio de um comunicado, o diretor executivo da Crop Trust, Stefan Schmitz, afirma que “as sementes depositadas nesta semana representam não apenas biodiversidade, mas também o conhecimento, a cultura e a resiliência das comunidades que as preservam”.


O banco de sementes já recebeu amostras de todo o mundo e foi crucial entre 2015 e 2019, ao atuar na reconstrução de coleções agrícolas danificadas na Síria durante a guerra.

De acordo com a Crop Trust, as recentes aquisições do Svalbard Global Seed Vault incluem uma amostra de 15 espécies do Sudão, composta por uma variedade de sorgo - planta importante para a cultura e para a segurança alimentar do país, que vive uma guerra desde abril de 2023.

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Segundo comunicado emitido pelo diretor do Centro de Conservação e Pesquisa de Recursos Genéticos de Plantas Agrícolas do Sudão, “essas sementes representam esperança para o futuro”.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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