Internacional

Diretor da OMS alerta que cortes dos EUA na saúde global ameaçam milhões de pessoas

Publicidade
Carregando...

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu nesta segunda-feira (17) que Washington reconsidere seus grandes cortes nos programas de saúde global, uma medida que ameaça a vida de milhões de pessoas. 

"Pedimos aos Estados Unidos que reconsiderem seu apoio à saúde global", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva em Genebra. 

Interromper o financiamento de programas de HIV, por exemplo, "poderia desfazer 20 anos de progresso, levando a mais de 10 milhões de casos adicionais de HIV e três milhões de mortes relacionadas ao HIV", acrescentou. 

Desde que retornou à Casa Branca, em janeiro, o presidente americano, Donald Trump, decidiu congelar quase todos os programas de ajuda ao desenvolvimento, incluindo aqueles destinados a melhorar a saúde global. 

A mudança de política dos Estados Unidos, que tradicionalmente são o maior doador internacional, desencadeou uma onda de pânico no setor humanitário.

Tedros alertou que os cortes na Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) teriam um impacto enorme. 

O chefe da OMS enfatizou que a mudança ameaça prejudicar a luta contra uma longa lista de doenças, incluindo HIV, sarampo e poliomielite. 

Ele também citou o exemplo da malária. "Atualmente, há graves interrupções no fornecimento de diagnósticos de malária, de medicamentos e mosquiteiros tratados com inseticida devido a esgotamentos de estoque, atrasos nas entregas ou à falta de financiamento", disse ele. 

"Nas últimas duas décadas, os Estados Unidos (...) ajudaram a prevenir aproximadamente 2,2 bilhões de casos e 12,7 bilhões de mortes", afirmou.

"Se as interrupções continuarem, poderemos ver 15 milhões de casos adicionais de malária e 107.000 mortes" somente neste ano, acrescentou. 

A situação é semelhante com o HIV e a tuberculose, ele alertou. "Nas últimas duas décadas, o apoio dos Estados Unidos aos serviços de tuberculose ajudou a salvar quase 80 milhões de vidas", disse Tedros. 

Em relação às vacinas, ele enfatizou que a rede global de sarampo e rubéola da OMS, composta por mais de 700 laboratórios e financiada exclusivamente pelos Estados Unidos, "enfrenta um fechamento iminente". 

"Isso acontece no pior momento possível, quando o sarampo está ressurgindo", ele lembrou.

nl/rjm/sag/mb/aa

Tópicos relacionados:

cortes eua oms politica saude

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay