Trânsito em Buenos Aires após apagão - (crédito: Reprodução / redes sociais)
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Um apagão deixou mais de 600 mil pessoas sem energia elétrica em Buenos Aires, na Argentina, na quarta-feira (5/3). A falta de luz fez com que os semáforos se desligassem, causando transtornos no trânsito. Trem elétrico e metrô também foram paralisados.
Um vídeo compartilhado pelo presidente do Partido Movimiento de Acción Vecinal, Martín Dandach, mostra o tamanho do caos na cidade. “Colapso total em Buenos Aires. Com os cortes de energia, os semáforos e o metrô não estão funcionando e a cidade já está um caos em meio a uma onda de calor. O trânsito está completamente bloqueado e paralisado, enquanto a situação se torna desesperadora. Este Governo é uma tragédia”, escreveu na legenda.
Segundo o governo local, foram registrados 258 cruzamentos com desligamento de semáforos. “O corte de energia não depende da cidade, mas estamos fazendo todo o possível para minimizar o impacto e acompanhar os vizinhos nesse momento difícil", disse o prefeito da capital argentina, Jorge Macri, nas redes sociais.
Na manhã desta quinta-feira, aproximadamente 40 mil pessoas seguem sem energia. Segundo as autoridades, o fornecimento está sendo restabelecido de forma gradual. O apagão foi causado por uma falha em duas linhas de alta tensão no sistema de distribuição da Edesur, empresa responsável pelo abastecimento na cidade.
Em um mundo cada vez mais globalizado, a cooperação entre os dois países sul-americanos é fundamental não só para o fortalecimento de suas economias, mas também para a promoção da paz e da prosperidade na América do Sul.
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A relação Brasil-Argentina, com suas nuances de rivalidade esportiva, como no futebol, e suas profundas raízes culturais e econômicas, mostra que, apesar das diferenças, o respeito e a amizade sempre prevalecem.
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Além disso, a educação desempenha um papel essencial na construção dessa amizade. Programas de intercâmbio entre universidades brasileiras e argentinas, bem como projetos de pesquisa conjuntos, reforçam os laços acadêmicos e científicos entre as duas nações.
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A troca cultural, por sua vez, é igualmente importante. Festivais, eventos artísticos e até mesmo feiras gastronômicas são realizados para promover o entendimento e a valorização das culturas de ambos os países, com destaque para as culinárias típicas.
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O comércio entre Brasil e Argentina é um pilar fundamental dessa parceria. Ambos os países são interdependentes em várias áreas, e a fronteira serve como um corredor vital para o fluxo de bens e serviços.
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Além do comércio bilateral e dos intercâmbios culturais, a data também enfatiza a cooperação política e educacional entre os dois países.
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A assinatura do tratado em 2004 pelos presidentes Lula e Kirchner foi um marco, consolidando o 30 de novembro como um dia de celebração de uma amizade sólida, construída ao longo de décadas de convivência e compartilhamento de interesses.
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Em 30 de novembro se celebra o Dia da Amizade Brasil-Argentina, que é mais do que uma data comemorativa: é uma oportunidade de refletir sobre a importância da cooperação entre os dois países em várias esferas.
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A presença de imigrantes argentinos e a troca constante de bens e serviços tornam essas regiões um reflexo vivo da cooperação bilateral.
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A cidade de Porto Xavier, também no Rio Grande do Sul, serve como um ponto de passagem entre o Brasil e a Argentina por meio de balsas que cruzam o Rio Uruguai, facilitando o fluxo de pessoas e mercadorias entre os dois países.
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São Borja, por exemplo, é conhecida como o berço e a última morada do presidente Getúlio Vargas, que governou o Brasil em dois períodos (1930 - 1945 e 1950 - 1954). Sua proximidade com a cidade argentina de Posadas, na província de Misiones, reforça os laços regionais.
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Ao sul, no Rio Grande do Sul, as cidades de São Borja, Uruguaiana e Itaqui são importantes representantes dessa amizade entre os dois países.
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Foz do Iguaçu, além de ser um ponto de convergência entre diferentes culturas, também é um polo de intercâmbio comercial e econômico, recebendo turistas de todo o mundo, muitos deles vindos diretamente da Argentina.
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O parque, compartilhado entre Brasil e Argentina, é reconhecido mundialmente como Patrimônio da Humanidade e protege uma das maiores e mais imponentes quedas d'água do planeta.
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Localizada na região da Tríplice Fronteira, onde também se encontram Ciudad del Este, no Paraguai, e Puerto Iguazú, na Argentina, Foz do Iguaçu se destaca pela proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu, um dos maiores atrativos turísticos da região.
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Foz do Iguaçu, no extremo Oeste do Paraná, é sem dúvidas a cidade brasileira mais famosa em termos turísticos na fronteira com a Argentina.
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As cidades que se encontram ao longo dessa fronteira, como Foz do Iguaçu, no Paraná, e São Borja, no Rio Grande do Sul, têm um papel importante nesse intercâmbio, servindo como pontos de convergência cultural e política.
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Essas áreas são notórias pela biodiversidade, mas também carregam uma rica herança de disputas e colaborações que moldaram a relação entre os dois países.
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Essa delimitação, que foi formalizada por tratado em 1898 e ajustada ao longo do tempo, abrange importantes marcos naturais, como as Cataratas do Iguaçu e os rios Iguaçu, Santo Antônio, Peperi Guassu e Uruguai.
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A fronteira entre Brasil e Argentina, com mais de 1.200 quilômetros de extensão, não é apenas uma linha geográfica, mas também uma região de intensa interação cultural e histórica.
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A relação entre Brasil e Argentina, que envolve estreitos vínculos culturais, comerciais e políticos, é particularmente visível nas cidades brasileiras que fazem fronteira com o país vizinho, locais onde a interação cotidiana e a troca de influências refletem a profundidade dessa amizade.
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Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, declarou que o país vai aumentar o controle na fronteira com o Brasil. A medida vem na esteira da decisão do governo Javier Milei de construir um muro com a Bolívia nos mesmos moldes do que Donald Trump pretende erguer na divisa dos Estados Unidos com o México.
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Além da confusão no trânsito, os bombeiros precisaram resgatar 63 pessoas em elevadores. Já alguns comerciantes usaram geradores de energia para manter as lojas abertas. "Milhares de moradores da cidade ainda estão sem energia devido a outro corte de energia. Mobilizamos uma operação especial com bombeiros, o Sistema de Atendimento Médico de Emergência, a Defesa Civil, a polícia e os agentes de trânsito", escreveu Macrí.
Em comunicado, a Edesur confirmou a falha de abastecimento. "Ainda há falhas específicas na rede de média e baixa tensão que estão sendo atendidas", informou. O Ente Nacional de Regulação da Eletricidade (Enre) abriu uma investigação sobre o apagão e pode aplicar multas e sanções à empresa.