Os conservadores alemães liderados por Friedrich Merz e o SPD de centro-esquerda anunciaram, neste sábado (8), que chegaram a um acordo de princípio para formar um governo, que prevê investimentos massivos para revitalizar e reconstruir a maior economia da Europa. 

"Elaboramos um documento conjunto e chegamos a um acordo sobre uma série de questões", disse o futuro chanceler conservador aos repórteres. 

Ele acrescentou que negociações detalhadas que levarão à formação de um novo executivo provavelmente começarão na próxima semana. 

"Estamos todos convencidos de que temos uma tarefa enorme pela frente", disse Merz. 

"Demos um primeiro passo", disse o copresidente do SPD, Lars Klingbeil. 

Em termos de detalhes, os dois partidos conseguiram superar suas diferenças em questões de migração, disse Merz.

O SPD aceitou, portanto, uma proposta controversa dos conservadores para reforçar os controles de fronteira "em acordo com os parceiros europeus" e devolver estrangeiros sem documentos. 

Os sociais-democratas, por sua vez, impuseram sua demanda para aumentar o salário mínimo para 15 euros (94 reais), disse Klingbeil. 

Os parceiros surpreenderam ao concordar esta semana com um grande programa de investimentos voltado para rearmamento e infraestrutura. 

As discussões sobre um novo governo estão sendo observadas de perto pelos vizinhos europeus, que esperam que a Alemanha, sob o guarda-chuva dos EUA desde o pós-guerra, desempenhe um papel maior em questões de segurança e defesa.

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