O prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, que está preso desde quarta-feira, pediu nesta quinta-feira (20) ao Judiciário para "agir" e não permaneça "em silêncio", em uma mensagem publicada na rede social X por seus advogados. 

"Faço um apelo às dezenas de milhares de promotores e juízes honrados e morais (...) Eles devem se levantar e agir contra os colegas que estão arruinando o Judiciário (...) Eles não devem e não podem ficar em silêncio", escreveu Imamoglu, o principal opositor do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. 

Imamoglu, de 53 anos, foi preso em uma operação em sua casa na quarta-feira e está sendo investigado em dois casos: um por denúncias de corrupção e outro por "apoiar uma organização terrorista".

O prefeito, que pertence ao principal partido da oposição, o Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), despontava como candidato às eleições presidenciais de 2028. 

Em sua mensagem, Imamoglu atacou Erdogan, sem nomeá-lo, dizendo: "Com essas acusações, você ataca toda a minha existência, meu trabalho árduo e o esforço que minha família e eu construímos ao longo de três gerações".

"Como nação, devemos permanecer unidos contra esse mal", disse Imamoglu, duas vezes eleito prefeito de Istambul. 

A prisão de Imamoglu, descrita pela oposição como um "golpe de Estado", gerou protestos e também pesou na moeda local, a lira, em relação ao dólar. 

Apesar da proibição de manifestações e do isolamento policial na praça Taksim e na área ao redor da prefeitura, vários grupos conseguiram se reunir com faixas com mensagens como "Lado a lado contra o fascismo" e "Juntos contra a ilegalidade".

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