A pequena Zamora tinha quase seis meses quando morreu, em dezembro de 2024. A mãe, Zayla Goodwin, e o namorado, Nathaniel Davis, disseram que se descuidaram da pequena, que morreu por um acidente. No entanto, após autópsia ser realizada no corpo da garota e na casa da família, o casal foi preso e acusado de assassinar a menina.

Zayla Goodwin e Nathaniel Davis foram presos em 20 de março de 2025, de acordo com comunicado à imprensa do Gabinete do Xerife de Jacksonville, nos Estados Unidos, e agora enfrentam várias acusações em relação à morte dela. Os dois eram acusados de negligência infantil.

Mas agora Zayla é acusada de homicídio culposo agravado, enquanto seu namorado foi acusado de homicídio de primeiro grau, abuso infantil agravado, adulteração de provas e duas acusações de agressão sexual. A mudança aconteceu depois que um legista comprovou que a morte da criança foi um homicídio. Foram encontradas evidências de traumatismo contundente e metanfetamina no organismo da criança. 

No dia da morte, a bebê foi encontrada pela polícia após uma parada cardíaca, sem resposta e com múltiplos ferimentos. Depois de ser levada às pressas para o hospital, a menina não resistiu. 

Na ocasião, a mãe disse que acordou com o namorado gritando que havia encontrado a criança de bruços na cama. Ele fazia uma manobra de ressuscitação, enquanto Zayla chamou a emergência.

A investigação mostrou que a criança fraturas em um braço e nas duas pernas, além de ter marcas de enforcamento ao redor do pescoço, hematomas e arranhões por todo o corpo. O corpo também revelou evidências de abuso sexual.

Essa espécie não enfrenta grandes ameaças e é considerada de menor preocupação pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), sendo bastante adaptável a diferentes ambientes, desde florestas e campos abertos até áreas urbanas. flickr - Melissa McMasters
Outra curiosidade sobre esse urubu é que eles usam fezes e urina para resfriar as patas no calor e desinfetá-las após contato com carniça, graças a enzimas antibacterianas. flickr - Oregon Department of Fish & Wildlife
Por não possuir siringe, o órgão responsável pelo canto nas aves, o urubu-de-cabeça-vermelha emite apenas sons guturais e assobios fracos. flickr - Wildreturn
Esse urubu se reproduz em cavidades naturais, como troncos ocos ou fendas de rochas, e não constrói ninhos elaborados. wikimedia commons/Wankasil
Ao contrário do que muitos pensam, o urubu-de-cabeça-vermelha não ataca animais vivos, alimentando-se exclusivamente de carniça. wikimedia commons/Sarah Stierch
Frequentemente, é o primeiro a chegar a uma carcaça, abrindo caminho para outras espécies de urubus e animais necrófagos. flickr - Mike Baird
Diferentemente de outras aves de rapina, ele possui um olfato altamente desenvolvido, sendo capaz de detectar odores de carne em decomposição a grandes distâncias, o que é incomum entre aves. wikimedia commons/Paul Danese
Seu nome popular vem da coloração avermelhada da cabeça, que é desprovida de penas, característica que ajuda a evitar infecções ao se alimentar de carne em decomposição. wikimedia commons/creative commons/Fernando Losada Rodríguez
Apesar de sua envergadura, ele ainda é alvo de predadores, e seu ácido estomacal extremamente forte é usado para causar queimaduras. flickr - Andrey
Conhecido por sua envergadura impressionante, que pode chegar a quase 2 metros, é um dos principais responsáveis pela limpeza dos ecossistemas. wikimedia commons/ Charles J. Sharp
O urubu-de-cabeça-vermelha é uma ave de rapina necrófaga da família Cathartidae, comum em grande parte das Américas. wikimedia commons/Frank Schulenburg
Um estudo da Ecosystem Services mostra que aves carniceiras evitam milhões de toneladas de emissões de carbono ao consumir carcaças antes da decomposição. flickr - Thomas Brown
O ácido estomacal expelido pelo urubu-de-cabeça-vermelha chega a ser 100 vezes mais forte que o produzido pelos humanos. wikimedia commons/creative commons/Dori
Para escapar de predadores, essa ave vomita ácido gástrico e carne semi-digerida para reduzir seu peso para facilitar a fuga. wikimedia commons/Rhododendrites
Nessa "arte", o urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura) é um dos maiores mestres da natureza. reprodução
Alguns animais desenvolvem estratégias variadas para escapar de predadores, como cobras que fingem morte, baiacus que inflam espinhos e lagartos que soltam a própria cauda. BLOND VISION/wikimedia commons

A residência do casal também foi investigada, onde as autoridades descobriram bandagens, fraldas e cobertores ensanguentados, bem como drogas e apetrechos para drogas. Uma vizinha, em depoimento para a polícia, contou que viu ferimentos na menina e perguntou para a mãe o que tinha acontecido. 

A mãe disse que a criança "caiu na banheira" na semana anterior, quando o namorado estava dando banho nela. De acordo com especialista ouvido no julgamento, uma criança com ferimentos nas pernas como os encontrados em Zamora teria sofrido imensa dor, e que faria com que qualquer cuidador razoável procurasse atendimento médico. 

Com base em um exame da criança, os legistas concluíram que os ferimentos tinham menos de 10 dias no momento de sua morte. O pai do bebê, Brandon Foe, comemorou o aumento das acusações de Goodwin e Davis.

"Quando os detetives me mostraram todas as evidências que me contaram, eu sabia que seria estúpido se acreditasse que eles não fizeram isso de propósito. O jogo da espera foi a coisa mais difícil sobre isso, mas agora que eles aumentaram as acusações, eu sei que eles estão fazendo do jeito que disseram que fariam”, declarou em entrevista à News4Jax.

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Ele também expressou sua própria dor por não ter conseguido ajudar sua filha. "Me dói saber que não pude estar lá como pai para proteger minha filha. Tenho certeza de que tudo vai acontecer do jeito que deveria. Só espero que eles sejam punidos da melhor forma possível”, declarou. Zayla Goodwin e Nathaniel Davis seguem presos, sem direito à fiança.

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