O ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben Gvir, visitou a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental, uma área ocupada e anexada por Israel, nesta quarta-feira (2), uma atitude condenada por Jordânia, Arábia Saudita e pelo movimento islamista palestino Hamas. 

Esta foi a primeira visita de Ben Gvir desde seu retorno, em 19 de março, ao governo de Benjamin Netanyahu, que ele deixou em 19 de janeiro para protestar contra a trégua alcançada com o Hamas. 

Desde a formação do governo de Netanyahu no final de 2022, Ben Gvir visitou a Esplanada da Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do islã, que para os judeus tem o nome de "Monte do Templo", o local mais sagrado do judaísmo. 

Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia chamou a visita de "provocação inaceitável" e o movimento islamista Hamas disse que fazia parte do "atual genocídio do nosso povo palestino".

"Pedimos ao nosso povo palestino e à nossa juventude na Cisjordânia que aumentem [o] confronto [...] em defesa da nossa terra e das nossas santidades, e entre elas, a mais importante, a sagrada mesquita de Al Aqsa", disse o Hamas em um comunicado. 

A Arábia Saudita também expressou sua "mais forte condenação à visita do ministro de Segurança Nacional israelense à mesquita de Al Aqsa". 

Sob o status quo em vigor desde a conquista de Jerusalém Oriental por Israel em 1967, judeus e fiéis de outras religiões, exceto a muçulmana, não estão autorizados a rezar ou exibir símbolos religiosos na Esplanada das Mesquitas.

O local é administrado pela Jordânia, mas o acesso é controlado pelas forças de segurança israelenses. 

O porta-voz de Ben Gvir disse à AFP que o ministro "foi lá porque o local" reabriu para não muçulmanos "após 13 dias", durante os quais o acesso foi reservado aos muçulmanos para o feriado do Eid al-Fitr e o fim do Ramadã. 

Nos últimos anos, vários judeus ultranacionalistas desafiaram as regras, incluindo Ben Gvir, que rezou lá em público em 2023 e 2024.

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