Hannah Robinson, uma jovem britânica de 21 anos, obteve uma vitória significativa após ser multada injustamente em £ 11 mil (quase R$ 85 mil) por não conseguir pagar a tarifa de estacionamento no prazo de cinco minutos. Ela foi penalizada repetidamente por uma falha no sistema de pagamento e dificuldades com o sinal de telefonia, enquanto estacionava seu BMW em Darlington, na Inglaterra, no estacionamento da empresa Excel Parking.
O caso começou em 2021, quando Robinson, que trabalhava em um restaurante local, começou a estacionar regularmente no Feethams Leisure Centre. Embora pague costumeiramente o valor da taxa, ela enfrentaria dificuldades devido ao sinal fraco de internet e problemas no aplicativo de pagamento.
Apesar dos obstáculos, continuava a usar o espaço, pois considerava ser uma opção mais segura, especialmente durante a noite. No entanto, o estabelecimento começou a emitir multas por causa da regra dos cinco minutos para pagamento.
Carta de lembrete final recebida pela britânica
Em 2022, Robinson iniciou um processo de apelação contra as multas, que se acumulavam rapidamente. Em fevereiro de 2024, a Excel Parking enviou uma cobrança exigindo o pagamento de £ 100 (R$ 765) por cada uma das 67 multas, além de taxas adicionais de £ 70 (R$ 535) por dívidas, totalizando um valor exorbitante de £ 11 mil.
O caso ganhou proporções maiores quando a empresa entrou com uma ação judicial contra a britânica, exigindo que ela pagasse várias multas. No entanto, o tribunal decidiu em favor do jovem. Em março de 2025, a juíza distrital Janine Richards rejeitou o consentimento da Excel Parking, considerando a conduta da empresa “irracional e fora da norma”.
A juíza ainda determinou que a empresa fosse obrigada a pagar mais de £ 10 mil(mais de R$ 75 mil) em custos legais à Fundação Acesso à Justiça, instituição de caridade que oferece assistência jurídica gratuita a pessoas vulneráveis.
Segundo o jornal inglês Metro's Daily Newspaper, a moça expressou sua satisfação após o veredito. "Sinto-me feliz que eles (Excel Parking) agora experimentem um pouco do que passei", disse ela, relatando o estresse e a ansiedade causados pelas constantes ameaças de cobrança.
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A vitória judicial também chamou atenção para a regra do espaço que gerou tantas multas. A jovem destacou o impacto negativo, considerando especialmente as condições precárias de sinal no local. "É um absurdo exigir que as pessoas paguem em cinco minutos, quando o sinal é ruim, e as caixas eletrônicas frequentemente não funcionam", desabafou.
Por enquanto, a Excel Parking não comentou sobre a decisão e indicou que pretende recorrer da sentença. Enquanto isso, a vitória de Robinson não apenas elimina a ameaça financeira que pairava sobre ela, como garante um importante recurso para uma instituição que luta por justiça para os mais necessitados.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata