O ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), condenado em 2023 a oito anos e dez meses de prisão por corrupção, foi preso nesta sexta-feira (25) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, informou à AFP uma fonte da Polícia Federal.
Collor, de 75 anos, foi preso em Maceió, no estado de Alagoas, disse a fonte, sob condição de anonimato, por não estar autorizada a discutir o assunto publicamente.
Em uma investigação derivada da Operação Lava Jato, ele foi considerado culpado por receber 20 milhões de reais entre 2010 e 2014, enquanto era senador, para facilitar contratos entre uma construtora e uma ex-subsidiária da Petrobras.
A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e será submetido à homologação do plenário da Corte nesta sexta-feira.
Collor deve permanecer preso preventivamente em Maceió "até decisão do STF", disse a fonte.
Sua equipe de defesa recebeu a decisão com "surpresa e preocupação", segundo um comunicado à imprensa.
Collor não é o único ex-presidente brasileiro a ter problemas com a Justiça. Desde o fim da ditadura militar (1964-1985), quatro dos sete ocupantes do Palácio do Planalto foram, em algum momento, condenados, presos ou afastados do cargo.
E o ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (2019-2022) está prestes a ser julgado por tentativa de golpe após ter sido derrotado em sua tentativa de reeleição.
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