Merz diz que Europa 'não pode substituir' EUA na busca pela paz na Ucrânia

Os europeus "não podem substituir" os Estados Unidos na garantia de um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia, disse o primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, nesta quarta-feira (7), ao se reunir com o presidente francês, Emmanuel Macron, em Paris. 

"A guerra na Ucrânia não terminará sem um compromisso político e militar ainda maior dos Estados Unidos; os europeus não podem substituí-los", disse o novo chanceler alemão em uma entrevista coletiva conjunta. 

Sobre a participação alemã em uma possível força de segurança após o conflito que começou em fevereiro de 2022 com a invasão russa da Ucrânia, Merz disse que qualquer compromisso alemão dependeria de "um acordo de paz" e da participação dos EUA no processo. 

O novo chanceler também pediu a ratificação "rápida" do acordo de livre comércio entre a UE e os países do Mercosul, ao qual a França se opõe. 

Em dezembro, a Comissão Europeia, em nome dos 27 países da UE, e Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, representando o Mercosul, anunciaram a conclusão das negociações para um pacto que criaria um mercado de 700 milhões de pessoas. 

A França lidera um grupo de países europeus que se opõem à ratificação do acordo devido ao impacto que ele teria no setor agrícola de seu país.

Merz e Macron também defenderam "responder juntos aos desafios que a Europa enfrenta", dando à sua relação bilateral um "novo começo". 

"Queremos que a ação seja construída sistematicamente em conjunto. Queremos responder juntos aos desafios que a Europa enfrenta", disse o francês após quatro anos de relações complicadas com o antecessor de Merz, Olaf Scholz. 

O novo chanceler seguiu a tradição dos chefes de Governo alemães e visitou a França em sua primeira viagem ao exterior. 

Nesta quarta-feira, ele visitará a Polônia e na sexta-feira, Bruxelas.

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