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'Ele me forçou a entrar no banheiro': ex-modelo explica suposta agressão de Weinstein

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A ex-modelo polonesa Kaja Sokola contou, nesta quinta-feira (8), no julgamento do ex-magnata do cinema Harvey Weinstein como supostamente ele a agrediu sexualmente quando ela tinha apenas 16 anos: "Me forçou a entrar no banheiro (...) estava apavorada. Nunca tinha estado sozinha intimamente com um homem", explicou.

Este fato, que já prescreveu, não é pelo qual o ex-magnata de Hollywood está sentado no banco dos réus de um tribunal de Nova York, mas por outra suposta agressão a Sokola, de 39 anos, quando ela tinha 19, em 2006, o que o acusado nega.

A suposta agressão contra Sokola é uma das três causas do julgamento contra Weinstein, também acusado de agressão sexual à ex-assistente de produção Miriam Haley em 2006 e de estuprar a atriz Jessica Mann em 2013.

O mesmo tribunal de Manhattan condenou em 2020 o fundador dos estúdios Miramax por esses dois casos a 23 anos de prisão. Uma corte de apelações revogou, no ano passado, a sentença por defeitos de forma no julgamento.

Sokola explicou que conheceu Weinstein em um jantar com outras modelos em um restaurante de Manhattan em 2002, quando tinha 16 anos e queria ser atriz. "Me senti muito especial" porque o então produtor se aproximou dela para conversar.

Ela deu seu telefone e alguns dias depois o produtor, então quase 40 anos mais velho que ela, ligou para convidá-la para almoçar, mas em vez disso, eles chegaram a um apartamento e ele pediu para que ela tirasse a roupa.

"Ele me forçou a entrar no banheiro. Eu disse que não queria, e ele disse que eu precisava trabalhar minha teimosia", lembrou Sokola.

"Se eu queria ser atriz, era isso o que eu tinha que fazer", contou, entre lágrimas, ao júri que decidirá o destino do fundador dos estúdios Miramax.

"Quando chegamos ao banheiro, minha calcinha estava em volta dos meus joelhos. Ele colocou a mão na minha vagina e a minha no pênis dele" para masturbá-lo, disse ela em resposta às perguntas da promotora Shannon Lucey.

"Nunca tinha estado a sós intimamente com um homem", explicou. Um ano depois deste incidente, ela começou a beber álcool e sofreu de anorexia e bulimia.

"Me senti estúpida e envergonhada", por isso não contou a ninguém, confessou. "Achei que a culpa era minha", afirmou enquanto Weinstein olhava na direção do júri ou apoiava as mãos na testa, cabisbaixo em sua cadeira de rodas.

As acusações de Haley e Mann estimularam o movimento #MeToo há quase uma década.

Sua declaração continuará na tarde desta quinta-feira. Depois, ela será interrogada pela defesa do produtor de sucessos de bilheteria como "Pulp Fiction" e "Shakespeare Apaixonado", que alega que as relações com suas acusadoras foram consensuais.

Weinstein cumpre outra pena de 16 anos de prisão imposta por um juiz da Califórnia, por violar e agredir sexualmente uma atriz europeia há mais de uma década.

af/dga/rm/am

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