China reduz emissões de CO2 no primeiro trimestre
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Siga noO auge das energias renováveis na China permitiu uma redução das emissões de CO2 no primeiro trimestre, apesar do crescimento da demanda de energia, aponta um estudo divulgado nesta quinta-feira (15).
O gigante asiático é o maior emissor mundial de gases do efeito estufa, que contribuem para as mudanças climáticas. Mas Pequim também investiu em massa em energias renováveis nos últimos anos, e prevê atingir seu pico de emissões até 2030 e a neutralidade de carbono em 2060.
Segundo estudo divulgado no ano passado, a capacidade eólica e solar da China representa quase o dobro da soma global. As novas instalações permitiram reduzir as emissões de CO2 em 1,6% em 12 meses no primeiro trimestre, destacou Lauri Myllyvirta, analista do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA).
Nos 12 meses anteriores a março de 2025, as emissões do gigante asiático também caíram 1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o instituto, sediado na Finlândia. Já a demanda total de eletricidade aumentou 2,5% no primeiro trimestre, segundo o relatório, divulgado pelo veículo especializado Carbon Brief.
"O crescimento da produção de energia limpa supera o crescimento médio, atual e a longo prazo, da demanda de energia, o que reduz o uso de energias fósseis", ressaltou Lauri. "É a primeira vez que uma redução assim está vinculada principalmente ao aumento da produção de energia limpa."
O estudo aponta, no entanto, que a China continua "muito atrasada" em um dos seus objetivos para 2030, o de reduzir a intensidade de carbono (emissões de CO2 em relação ao PIB) em 65% em comparação com o nível de 2005. Além disso, o carvão continua sendo um elemento essencial na matriz energética do país.
sam/sah/oho/ehl/roc/dbh/ag/lb