Cerca de 30 manifestantes foram presos na Universidade de Washington, em Seattle (noroeste), após ocuparem um edifício do campus como parte de um protesto estudantil pró-palestinos, informou a universidade nesta terça-feira (6).

O grupo Estudantes Unidos pela Igualdade e o Retorno dos Palestinos (Super, na sigla em inglês) pediu que a universidade americana cortasse seus laços com a Boeing, acusando a fabricante de aviões de produzir armas usadas na guerra em Gaza.

O prédio de engenharia ocupado na segunda-feira recebeu uma doação de US$ 10 milhões (R$ 56,5 milhões, na cotação atual) da companhia com sede em Washington, de acordo com o site da universidade.

Os envolvidos "criaram um ambiente perigoso dentro e ao redor do edifício ocupado", afirmou o centro universitário em um comunicado. 

"Indivíduos com os rostos praticamente cobertos bloquearam o acesso a duas ruas do lado de fora do edifício, bloquearam as entradas e saídas do prédio e atearam fogo em duas caçambas de lixo em uma rua externa", acrescentou.

A polícia desocupou o edifício por volta das 23h00 locais (3h em Brasília).

Os detidos são suspeitos de invasão, destruição de propriedade, desobediência e conspiração criminosa, de acordo com a universidade. 

Um porta-voz do Super, Oliver Marchant, disse à ABC News que todas as pessoas que entraram no prédio foram presas. 

A universidade indicou que uma organização estudantil havia sido suspensa e condenou suas ações como "antissemitas", sem especificar qual grupo.

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