O presidente reeleito do Equador, Daniel Noboa, disse em entrevista à AFP nesta quinta-feira (8) que Israel quer "ajudar" Quito com inteligência na guerra contra os cartéis que assolam o país sul-americano. 

Antes considerada um farol de paz em uma região assolada por conflitos, a pequena nação andina de quase 18 milhões de pessoas está envolvida em uma sangrenta guerra territorial entre traficantes de drogas e gangues internacionais rivais que disputam o tráfico de cocaína. 

Noboa, reeleito presidente em meados de abril até 2029, viaja pela Europa e o Oriente Médio em busca de aliados internacionais em sua guerra contra o crime organizado. 

"Conversamos com o governo de Israel sobre cooperação e inteligência, cooperação em segurança em portos e fronteiras. (...) E nisso, o Estado de Israel, assim como os Emirados Árabes Unidos com seus sistemas de inteligência, querem nos ajudar", disse o jovem presidente, de 37 anos, em entrevista exclusiva à AFP em Paris.

"Para nós, isso é essencial, pois é aí que está a violência, nas áreas ou nas rotas para os portos", disse o presidente equatoriano. 

Desde 2024, Noboa declarou o país em conflito armado interno e busca enfrentar a violência com pulso firme. 

A França é a parada final de sua viagem internacional, que incluiu paradas na Espanha, Cidade do Vaticano, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Israel, com o objetivo de atrair investimentos e forjar alianças de segurança.

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