Autoridades alertam sobre maior consumo de drogas sintéticas na Europa
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Siga noOs produtos sintéticos derivados da cannabis, opioides e catinonas, que têm efeitos semelhantes aos da anfetamina, estão "ganhando terreno", alertou a Agência de Drogas da União Europeia (Euda) nesta quinta-feira (5).
"A Euda calcula que houve 7.500 mortes relacionadas a drogas em 2023" na Europa, em comparação com 7.100 em 2022, disse a agência em um relatório. Na maioria dos casos, as mortes foram causadas pelo uso de "opioides em associação com outras substâncias".
O texto agrupa e analisa dados sobre o consumo e o mercado de drogas nos 27 países da UE, Turquia e Noruega.
O consumo simultâneo de várias drogas "continua sendo fonte de preocupação" e complica e o atendimento aos usuários, ressalta a agência.
O diretor-executivo da Euda, Alexis Goosdeel, disse em uma coletiva de imprensa que os membros da UE devem "agir" para fortalecer os sistemas de vigilância e alerta.
"O acesso aos dados é essencial" para "fornecer as ferramentas necessárias à nossas forças de segurança para combater os criminosos" e evitar que fiquem "de mãos atadas", disse Magnus Brunner, o comissário europeu responsável pelas questões de migração. Segundo ele, a cooperação é "a chave", especialmente com os países da América Latina.
Desde 2009, "apareceram 88 novos opioides sintéticos no mercado europeu de drogas", diz o relatório da Euda, que os descreve como "muito potentes" e com um "risco significativo de intoxicação e morte".
No entanto, a cocaína segue sendo a droga ilícita "mais consumida na Europa, por 4,6 milhões" de europeus entre 15 e 64 anos em 2024.
E a droga mais popular continua sendo a cannabis, com 24 milhões de consumidores em 2024 na Europa, segundo a Euda.
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