INDENIZAÇÃO

Estudante que fraturou calcanhar em 'esquibunda' na neve será indenizada

Decisão responsabiliza empresas de turismo e assistência médica por acidente com adolescente durante brincadeira no Cerro Catedral, em Bariloche

Publicidade
Carregando...

Uma adolescente de La Plata, na Argentina, receberá indenização de quase 7 milhões de pesos (aproximadamente R$ 32 mil) depois de sofrer um grave acidente durante uma viagem de formatura em Bariloche, no ano de 2017. A jovem fraturou o calcanhar esquerdo enquanto deslizava na neve com um culipatín, espécie de prancha plástica usada como trenó, também conhecida como "esquibunda", na base do Cerro Catedral.

Um culipatín, espécie de prancha plástica usada como trenó, também chamado de esquibunda
O culipatín é uma espécie de prancha plástica usada como trenó, também chamado de esquibunda Reprodução/Facebook

De acordo com o portal argentino Clarín, a decisão foi tomada recentemente pelo Tribunal Nacional de Apelações em Matéria Comercial, que considerou quatro empresas, envolvidas na organização e cobertura da viagem, responsáveis pela lesão: Travel Rock, responsável pelo turismo estudantil; Catedral Alta Patagonia, administradora da estação de esqui; Federación Patronal e Universal Assistance, envolvidas na assistência médica e seguros.

O acidente ocorreu no dia 3 de agosto de 2017, quando a adolescente, então com 17 anos, colidiu com uma pedra enquanto descia uma ladeira coberta de neve. Ela foi inicialmente diagnosticada com uma simples torção no tornozelo no Centro Médico Catedral, mas, dias depois, exames mais detalhados revelaram uma fratura no calcâneo, o osso do calcanhar. De volta à cidade natal, a moça precisou passar por cirurgia.

A ação por danos morais e materiais movida pela família resultou em uma condenação milionária. O valor da indenização foi dividido em diferentes categorias: cerca de 4,45 milhões de pesos (mais de R$ 20 mil) por invalidez subsequente, 2 milhões (mais de R$ 9 mil) por danos morais, além de valores menores por danos psicológicos, estéticos, tratamento psicoterápico e despesas médicas.

Defesa das empresas e decisão judicial

Durante o processo, as empresas tentaram se eximir de responsabilidade. A Travel Rock argumentou que a aluna desrespeitou as normas de segurança fornecidas pelos coordenadores e que não utilizava os equipamentos recomendados, como capacete e calçado apropriado.

A Universal Assistance afirmou não ser uma seguradora, mas apenas uma prestadora de assistência médica com cobertura limitada. Já a Catedral Alta Patagonia declarou que a atividade foi realizada com orientações prévias de segurança e que o acidente ocorreu por falha individual da jovem.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

A Justiça, no entanto, foi clara em sua sentença: os prestadores de serviço não garantiram a segurança da atividade recreativa, o que contraria os direitos do consumidor e as obrigações previstas no contrato da viagem. A decisão destacou que, mesmo sendo uma brincadeira comum em destinos de neve, o esquibunda envolve riscos que deveriam ter sido minimizados com medidas de proteção eficazes e acompanhamento adequado.

*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay