ORIENTE MÉDIO

Irã só retomará negociações se Israel parar ofensiva militar, diz chanceler

Durante reunião com líderes europeus na Suíça, governo iraniano afirma que só voltará à diplomacia após o fim dos ataques militares de Israel

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O governo do Irã afirmou que só aceita retornar negociações diplomáticas se Israel encerrar os ataques contra seu território. A declaração foi feita pelo chanceler iraniano, Abbas Araghchi, após reunião realizada nesta sexta-feira (20/6), em Genebra, na Suíça, com representantes da Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia. O encontro buscou alternativas para conter a escalada da guerra no Oriente Médio. 

A tensão entre os dois países aumentou após Israel lançar um "ataque preventivo" contra o programa nuclear iraniano, com o objetivo de impedir o desenvolvimento de uma arma atômica. Em resposta, o Irã lançou drones e mísseis contra o território israelense.

A ofensiva de Israel já dura oito dias e, segundo o premiê Benjamin Netanyahu, deve continuar com novas investidas contra bases iranianas. Mas, para danos maiores, dependem de bombas ou da participação direta dos Estados Unidos.

Durante o encontro, os chanceleres europeus insistiram para que o Irã continue o diálogo com os Estados Unidos sobre seu programa nuclear. No entanto, Araghchi foi claro ao afirmar que as negociações só serão consideradas após o fim da agressão israelense e a responsabilização de Israel pelos bombardeios e "crimes que cometeu". Ele reforçou ainda que o programa nuclear iraniano tem fins pacíficos e que as capacidades de legítima defesa do país "não são negociáveis".

Mesmo sem avanços concretos, o Irã demonstrou disposição para manter o diálogo com os europeus, conhecidos como E3. "Estamos abertos a novas reuniões em breve", disse Araghchii.

Por outro lado, os líderes da Alemanha, França e Reino Unido destacaram a urgência de uma solução negociada para garantir que o Irã não desenvolva uma arma nuclear. O ministro francês Jean Noël Barrot criticou a continuidade da via militar e alertou para os riscos de uma tentativa de mudança de regime no Irã. "Cabe ao povo decidir seu próprio destino", afirmou.

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Em declaração conjunta, os chanceleres europeus pediram moderação de todas as partes e destacaram a importância de evitar uma nova escalada de violência na região. Além de enfatizarem a importância de encontrarem urgentemente uma solução negociada para garantir que o Irã nunca obtenha ou adquira uma arma nuclear. (Com informações da AFP)

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