Irã desmente Trump e nega acordo de cessar-fogo com Israel
Ministro das Relações Exteriores iraniano desmente trégua divulgada por Trump e afirma que a decisão final ainda será tomada
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Siga noApesar do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado pelas redes sociais um cessar-fogo entre Israel e Irã, o governo iraniano negou a existência de qualquer acordo com o estado israelense. Em nota, divulgada por meio de redes sociais, o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, contradisse o anúncio do presidente norte-americano.
"Até o momento, NÃO há 'acordo' sobre qualquer cessar-fogo ou cessação de operações militares", afirmou Araghchi. Ele acrescentou que o Irã está disposto a interromper a ofensiva, desde que Israel suspenda os ataques. "Caso o regime israelense cesse sua agressão ilegal contra o povo iraniano até as 4h, horário de Teerã, não temos intenção de continuar nossa resposta depois disso."
As Iran has repeatedly made clear: Israel launched war on Iran, not the other way around.
— Seyed Abbas Araghchi (@araghchi) June 24, 2025
As of now, there is NO "agreement" on any ceasefire or cessation of military operations. However, provided that the Israeli regime stops its illegal aggression against the Iranian people no…
O chanceler encerrou a manifestação nas redes sociais afirmando que a decisão final sobre o cessar-fogo será tomada "mais tarde".
Mais cedo, Trump havia declarado que a trégua começaria aproximadamente seis horas após o anúncio, feito por volta das 19h15 (horário de Brasília), nesta segunda-feira (23/6). Segundo ele, o Irã daria o primeiro passo, interrompendo os ataques, seguido por Israel. O presidente ainda parabenizou os dois países pela "resistência, coragem e inteligência" para encerrar o que chamou de "guerra de 12 dias".
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O conflito entre Irã e Israel se intensificou nos últimos dias. Israel lançou ataques aéreos com “intensidade sem precedentes” contra alvos iranianos, incluindo a sede da Guarda Revolucionária (IRGC), o quartel-general da milícia Basij, a prisão de Evin e instalações de segurança interna.
Em retaliação, o corpo da Guarda Revolucionária Islâmica realizou sua 21ª operação desde o início dos combates em 13 de junho. O ataque combinou mísseis de propulsão sólida e líquida com drones suicidas, atingindo múltiplos alvos em território israelense.
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Os Estados Unidos entraram oficialmente no conflito em 21 de junho, bombardeando três instalações nucleares iranianas. Em resposta, o Irã lançou mísseis contra a base americana de Al Udeid, no Catar. O Pentágono informou que não houve vítimas. Trump, por sua vez, classificou a reação iraniana como "muito fraca".