Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
Mary foi encontrada por outro turista, que levou 40 minutos para resgatá-la crédito: Reprodução / redes sociais
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a britânica Mary Gavin, de 39 anos, faz sinais desesperados para um navio, após passar quase cinco dias à deriva no mar Mediterrâneo, próximo à Espanha. O resgate aconteceu no fim da tarde de sábado (21/6), encerrando uma busca intensa que mobilizou polícia, guarda costeira e mergulhadores desde a última quarta-feira.
Mary havia alugado um pequeno barco no Porto de La Savina, na paradisíaca ilha de Formentera, na terça-feira pela manhã, mas desapareceu sem deixar rastros. O alerta foi dado cerca de 36 horas depois, quando ela não retornou com a embarcação no horário combinado e amigos notaram seu sumiço.
Durante quatro dias, helicópteros e barcos vasculharam a região em busca de qualquer sinal da britânica. Mergulhadores também foram acionados.O reencontro com a vida aconteceu quando uma balsa que fazia o trajeto entre Palma de Maiorca e Valência avistou a pequena embarcação com uma mulher acenando freneticamente com um colete salva-vidas. "Ela estava desidratada, queimada de sol, com feridas na boca e gritava por socorro", relatou Alejandro Rosera, passageiro que presenciou o resgate.
Uma equipe de pesquisadores descobriu formações circulares submersas de cerca de 20 metros de diâmetro no Mar Mediterrâneo, chamadas de "Anéis do Mediterrâneo". Reprodução/Youtube
Essas estruturas, com cerca de 20 metros de diâmetro, são compostas por algas calcárias milenares (rodolitos) e datam de aproximadamente 21.000 anos, remontando à última era glacial. Divulgação/Laurent Ballesta
A descoberta pode oferecer pistas valiosas sobre as mudanças climáticas ao longo dos milênios. Flickr Leonardo Castiglioni
Os anéis foram detectados pela primeira vez em 2011, durante um mapeamento da costa da Córsega, mas sua origem só foi esclarecida em 2021, após expedições de mergulho em águas profundas. Divulgação/Laurent Ballesta
As expedições, lideradas por Christine Pergent-Martini e Laurent Ballesta, revelaram um ecossistema único e preservado, com espécies raras como corais amêloas, caranguejos-diabo e gorgônias rosadas. Divulgação/Laurent Ballesta
Apesar da preservação garantida por sua localização remota e profundidade, os anéis estão agora sob ameaça devido às navegações comerciais. Divulgação/Laurent Ballesta
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que esses anéis se formaram há milhares de anos, quando o mar era mais raso. Divulgação/Laurent Ballesta
Naquela época, as algas que os compõem encontraram condições perfeitas para crescer, com luz e temperatura ideais. Laczko Istvan Stefan/Pixabay
Com o tempo, o gelo das eras glaciais derreteu, o nível do mar subiu, e o ambiente mudou – dando origem às misteriosas formações circulares que existem hoje. Reprodução/Youtube
O problema é que apenas alguns desses anéis estão dentro de uma área protegida. Os outros ficam em regiões onde navios e barcos passam frequentemente. Divulgação/Laurent Ballesta
Há um receio de que suas âncoras possam destruir esse tesouro submarino sem chance de recuperação. Irek Marcinkowski/Pixabay
Pensando nisso, o Parque Natural Marinho de Cap Corse e Agriate está estudando maneiras de limitar a passagem de embarcações no local. Andreas/Pixabay
A descoberta não só ajudou os cientistas a entenderem melhor as mudanças do clima ao longo do tempo, como também mostrou o quanto é urgente proteger a vida marinha. Reprodução/Globoplay
A costa da Córsega, localizada no Mar Mediterrâneo, ao sudeste da França, é uma das regiões mais belas e preservadas da Europa. Myrabella / Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0
A ilha da Córsega possui um litoral recortado, com penhascos, enseadas escondidas, praias de águas cristalinas e uma farta biodiversidade marinha. Christelle S/Pixabay
A parte norte da ilha, onde se encontra a região de Cap Corse, é particularmente conhecida por sua beleza selvagem, com vilarejos históricos encravados nas montanhas e uma costa com falésias íngremes e algumas praias. Wikimedia Commons/TeletubAstyanax
O Parque Natural Marinho de Cap Corse e Agriate, que protege parte dessa área, abriga ecossistemas marinhos intocados, incluindo recifes de corais e espécies raras, como a ameaçada foca-monge-do-mediterrâneo. Wikimedia Commons/Marinko Babi?
Além de sua riqueza natural, a costa da Córsega tem uma história marcada por navegações antigas, com vestígios de naufrágios romanos e rotas comerciais históricas. Chirill Ceban/Unsplash
Hoje, porém, a atividade humana — como o tráfego de navios e o turismo intenso — representa uma ameaça aos ecossistemas da região. Ivan Ragozin/Unsplash
O mar agitado dificultou a aproximação. "Levamos cerca de 40 minutos para colocá-la a bordo. As ondas atrapalharam bastante", contou Rosera à Crónica Balear. Assim que foi resgatada, Mary recebeu água e uma lata de refrigerante. Ela foi atendida por uma equipe médica ao desembarcar em Valência, onde permanece em observação.
A embarcação em que estava foi rebocada posteriormente para Ibiza pela guarda costeira espanhola. As circunstâncias do desaparecimento ainda são investigadas pela Unidade da Polícia Judiciária da Guarda Civil. Segundo informações preliminares, Mary Gavin estaria vivendo em uma das ilhas Baleares havia cerca de dois meses, embora não esteja claro se era em Ibiza ou Formentera.
Até o momento, as autoridades não confirmaram o que teria levado a britânica a ficar à deriva por tanto tempo nem se houve alguma pane na embarcação. O caso segue sob análise. Não foi divulgado o atual estado de saúde da britânica.